A mudança na política cambial foi consensualmente criticada pelo mercado. Entre as opções, o alargamento da banda em 8% foi considerada a pior. Há bastante unanimidade em torno da tese de que, antes, seria melhor ter feito uma centralização do câmbio, desestimulando a transferência de recursos especulativos para o exterior através de grandes empresas, bancos e investidores brasileiros. Cita-se com grande ênfase o caso do Grupo Pão de Açúcar e de Pedro Conde (ex-controlador do Banco Noroeste). "O Banco Central ofereceu a entrada: agora o mercado vai querer o primeiro prato, o segundo prato e a sobremesa", ironizou o presidente de um dos bancos mais atuantes na administração de fundos de investimentos.