Serviços fixos da Oi dão refresco ao primeiro trimestre

Do ponto de vista operacional, os resultados do primeiro trimestre da Oi mostram pelo menos uma estabilização do desempenho dos diferentes produtos da operadora, ainda que na comparação anual dos números sejam ruins, refletindo ainda o ano de 2015. A operadora conseguiu, no trimestre, estancar a queda de base de banda larga e TV por assinatura, e a queda nos serviços de telefonia fixa desacelerou (é a menor taxa em três anos). A boa notícia foi um pequeno aumento do ARPU residencial, que fechou o primeiro trimestre em R$ 80,8, uma melhora de 4,2%.

Hoje a Oi tem 5,11 milhões de clientes de banda larga residencial (um aumento de o,1% no trimestre e queda de 1,9% na comparação anual) e uma base composta por 63% de usuários com planos de até 5 Mbps e 34,7% com 10 Mbps ou mais. na média, a banda larga da Oi é de 5,8 Mbps.

A TV paga também cresceu no primeiro trimestre a despeito de uma retração do mercado, especialmente do DTH, e chegou a 1,18 milhão de clientes, o que representa 12% dos domicílios atendidos pela operadora. Cerca de 23% dos usuários de TV da Oi têm pacotes mais caros, o que fez com que a receita de TV crescesse 15,7% na comparação anual.

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A telefonia móvel é a área da Oi que ainda está sofrendo mais a desaceleração do mercado, e mesmo no primeiro trimestre houve uma retração de 0,7% da base no trimestre, para 45,5 milhões de unidades geradoras de receita, mas com um crescimento de 1,5% na base pós-paga. Destaque para o crescimento de 24,4% nas receitas com dados móveis na comparação anual. A receita com dados já é 47,8% do faturamento com serviços móveis da Oi. Hoje, 94% das novas vendas são de smartphones e a base de dispositivos 3G e 4G é de 63%. A receita média por usuário móvel é hoje de R$ 16,7, uma queda em relação a um ano de 5,7%, mas muito devido à queda de VU-M. Não fosse isso, teria havido um crescimento de 6,7%

O mercado corporativo também perdeu base de clientes no trimestre (1,7%, para 7,1 milhões de usuários).

Na parte de custos, houve um corte forte no trimestre em publicidade (31,4% de queda), pessoal (15,2% a menos no trimestre) e interconexão (12%). O custo operacional total da Oi no trimestre foi de R$ 4,9 bilhões.

Os investimentos no primeiro trimestre foram de 1,25 bilhão, o que é um aumento de 22,2% em bases anuais. O presidente da operadora, Bayard Gontijo, declarou em conferência com analistas que não vai dar uma referência de investimentos para esse ano, mas diz que o que aconteceu no primeiro trimestre está em linha com as necessidades da empresa.

1 COMENTÁRIO

  1. Em 2016, a empresa que cobre quase todo o país tem apenas 5,11 milhões de conexões em banda larga (com quase 2/3 se conectando a menos de % Mbps) e 1,18 milhões de assinantes de TV paga. Se não mudar esse cenário a empresa não tem futuro. E ela não consegue mudar esse cenário se não fizer brutais investimentos. E não pode fazer tais investimentos porque deve até o último centavo. Logo…

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