A Qualcomm mudou radicalmente seu foco. Pôs fim a antigas pendengas judiciais com a Ericsson, para a qual vendeu sua fábrica de infra-estrutura (radiobase) em San Diego, nos Estados Unidos, com 2 mil funcionários. Passa a se concentrar no desenvolvimento da tecnologia CDMA e de chips (detém 90% dos chips para CDMA no mundo), além de sua nova tecnologia High Data Rate (HDR), para transmissão de dados em alta velocidade no sistema wireless (até 2,6 Mbps). O produto está na segunda geração de desenvolvimento, mas só será comercializado no segundo semestre de 2001. Até lá, o atual dispositivo deverá dar lugar a um simples cartão PCMCIA que permitirá que um laptop se conecte à Internet sem necessidade de um telefone – o chip que permitirá a conexão estará no cartão. No Brasil, onde faturou US$ 40 milhões, no ano passado, a empresa deixa de produzir ou vender qualquer produto e passa a defender os interesses da tecnologia CDMA. Continua também a representar os interesses da matriz como acionista da Vésper (16%), da Autotrack (do ex-piloto Nelson Piquet, para monitoração de veículos via satélite) e da Globalstar. O quadro de funcionários está em 18 pessoas, mas chegará a dez. Até recentemente eram 60 diretos mais os 200 na produção da Flextronics.