Depois das comemorações do êxito da privatização do Sistema Telebrás veio a ressaca: o governo está "sensivelmente preocupado" com a situação nos Estados Unidos e na Ásia, em decorrência de seus efeitos sobre o nível de atividade. Fonte de nível ministerial acredita que o país deva ser afetado a partir de três focos: 1) A simples retração asiática implica a redução de exportações (frango, minérios e alimentos) e a possibilidade de aumento de importações devido à relativa valorização do real frente às moedas da região; 2) Os efeitos da crise asiática sobre parceiros econômicos da América Latina (depressão de renda especialmente no Chile e Argentina) podem produzir a redução das exportações brasileiras para a região; 3) O desaquecimento da economia americana (e a redução de lucros das empresas) pode resultar em enfraquecimento das exportações e em diminuição do fluxo cambial. "O segundo semestre não será tão fácil quanto se imaginava", comenta a fonte.
