Presidente da Net diz que teles não investem em banda larga

O presidente da Net Serviços, Francisco Valim, lembrou durante a Futurecom, realizada em Florianópolis, alguns dos obstáculos que impedem um crescimento mais expressivo da TV paga no Brasil. Foi uma resposta às críticas das teles, que dizem que o setor não pode se queixar da entrada de concorrentes, uma vez que não foi capaz de ampliar o mercado ao longo dos últimos anos. Para Valim, a TV aberta de qualidade e gratuita e a baixa renda da população explicam essas dificuldades de crescimento.
Valim também aproveitou para criticar as três concessionárias (Telefônica, Brasil Telecom e Telemar), que chamou ironicamente de ?os três amigos?. Segundo ele, elas dominam 87% do mercado de banda larga, contra 6% que estão com as operadoras de TV paga e 7% com outros provedores. Mesmo assim, diz Valim, as concessionárias não investem e, portanto, não conseguem competir com as altas velocidades oferecidas pela TV por assinatura no acesso em broadband. Segundo ele, o acesso com velocidade inferior a 2 Mbps não é banda larga, mas sim um acesso discado melhorado.
O presidente da Net argumenta que essas operadoras têm condições de investir porque o desembolso que fizeram na privatização já foi amortizado. Citou o exemplo de Santiago, no Chile, onde as empresas investiram preventivamente em banda larga porque sabiam que haveria competição. Mas no Brasil não houve essa preocupação, diz.

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