A Ericsson anunciou na última quarta-feira, 3, que registrará um perdas contábeis não monetárias no segundo semestre no valor de 11,4 bilhões de coroas suecas (cerca de US$ 1,1 bilhão) referente à compra da Vonage, empresa de comunicações em nuvem. O negócio foi fechado em novembro de 2021 por US$ 6,2 bilhões.
O movimento acontece apenas nove meses após a fabricante de equipamentos divulgar, em outubro do ano passado, perdas contábeis não monetárias de 32 bilhões de coroas suecas na sua subsidiária, ou cerca de US$ 2,9 bilhões.
O encargo de desvalorização não monetário (non-cash impairment charge), como o termo é usado por administradores, é uma despesa contábil que não resulta na saída de dinheiro do caixa da companhia sueca, mas à redução contábil do ativo. O impacto no lucro líquido já considera o pagamento de impostos e será reportado na divisão de enterprise da fabricante de equipamentos, conforme a companhia.
De acordo com o chefe da área de negócios de plataforma global de comunicações e CEO da Vonage, Niklas Heuveldop, o movimento é resultado da deterioração no ambiente de mercado e por conta da decisão de redirecionar os investimentos para áreas estratégicas prioritárias.
"Continuamos a avançar em nossa estratégia de construir uma Plataforma de Rede Global para APIs de rede, que foi o impulso estratégico para a aquisição da Vonage. Recentemente, anunciamos parcerias adicionais com operadoras líderes de redes móveis e vemos um impulso positivo contínuo em toda a indústria", afirmou Heuveldop, em comunicado.
Ainda segundo o executivo, a estratégia tem permitido disponibilizar capacidades avançadas de redes 5G para os desenvolvedores globais com foco na geração de valor agregado para a indústria. "Isso abrirá novas fontes de receita para nossos clientes e estimulará o crescimento na indústria de telecomunicações", completou.
