Como não poderia deixar de ser, a alta Provisão para Devedores Duvidosos (PDD) anunciada pela Embratel no balanço do quarto trimestre, de R$ 520 milhões, foi o ponto mais polêmico na reunião da tele com os analistas. A operadora apresentou uma perspectiva conservadora quanto à redução do impacto da inadimplência em seus balanços dos próximos anos, com uma projeção de PDD entre 8% e 9% de sua renda bruta. Além de enfrentar fatores econômicos, como o aumento penetração da telefonia nas classes C, D e E, a Embratel ainda terá pela frente muitos ajustes a fazer em sua cobrança para resolver o problema do mau débito. Isso porque a atualização de seu cadastro ainda é lenta em relação às constantes mudanças na base de usuários de telefonia do País. Informações como alterações de endereço, por exemplo, chegam ao sistema de cobrança da carrier com meses de atraso. Desta forma, as cobranças se acumulam, atingem valores altos e causam protestos de clientes, mesmo aqueles considerados bons pagadores.