Bittar diz que alocação de principais projetos da estatal no PAC assegura verbas

O presidente da Telebrás, Jorge Bittar, informou a este noticiário que a estratégia para assegurar a continuidade dos principais projetos da Telebrás este ano, mesmo com as restrições orçamentárias, será incluir os principais projetos como recursos do PAC: o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações e o cabo submarino Brasil-Europa. Essa manobra já teria sido acertada com a Fazenda e com o Planejamento e conta com apoio da presidenta Dilma, segundo Bittar. Ainda assim, diz o presidente da estatal, a Telebrás está buscando junto aos principais fornecedores (no caso do satélite) o alongamento máximo dos prazos de pagamento. "O que for possível colaborar com o ajuste fiscal nós vamos fazer, desde que não haja nenhum comprometimento do cronograma de lançamento do satélite", diz o presidente da estatal. Segundo Bittar, o projeto do satélite está com os pagamentos em dia, sem risco de comprometimento da janela de lançamento, mas o alongamento dos pagamentos pode ajudar a compensar as variações cambiais, que também afetam o orçamento do projeto.

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Acordo fechado

No que diz respeito ao cabo sumarino, a ideia da Telebrás é, finalmente, constituir a empresa e assinar o acordo de acionistas com a espanhola IslaLink até o dia 11 de junho. Bittar assegura que os termos do pré-acordo, celebrado em janeiro do ano passado, são os mesmos e estáo pacificados no acordo: 65% de participação da IslaLink, 35% da Telebrás e, no futuro, a IslaLink transferirá 20% das ações da empresa para um fundo de investimentos ainda indefinido, ficando com 45%. O projeto, de US$ 185 milhões, terá cerca de recursos da ordem de 25 milhões de euros das agências europeias responsáveis pelo observatório do Atacama, no Chile, que utilizarão o cabo. O projeto ainda está sendo finalizado. A empresa deve levar cerca de um ano para ser montada e o projeto encomendado e a construção levará mais 18 meses, de modo que a previsão de entrega do cabo é 2018.

Plano comercial

Segundo Bittar, a Telebrás também aprovou, na semana passada, seu plano comercial, definindo como estratégia de atuação da empresa, além do PNBL, a prestação de serviços a órgãos do governo federal. A área comercial será reforçada. Além disso, a Telebrás pretende investir em desenvolvimento de aplicações e serviços que serão agregados à oferta de infraestrutura.

Bittar ainda não faz previsões de quando a Telebrás será operacionalmente positiva, mas acredita que este ano, com a mudança no foco comercial da empresa, alguns resultados devem começar a aparecer. "O importante é começar a gerir a empresa com cabeça de uma estatal do Século 21, com agilidade, enxuta e focada em inovação de produtos e serviços".

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