Receitas da América Móvil caem no primeiro trimestre no Brasil

As receitas totais da América Móvil no Brasil no primeiro trimestre caíram 0,5% e fecharam março em R$ 8,905 bilhões, de acordo com balanço financeiro divulgado pela companhia controladora da Claro, Embratel e Net nesta terça-feira, 25. O grupo mexicano não detalha alguns dos números, mas menciona queda em receitas nos dados móveis, enquanto na banda larga houve desaceleração. Do total, R$ 8,769 bilhões (aumento de 0,8%) foram de receitas de serviços.

As receitas móveis caíram 4% no primeiro trimestre, totalizando R$ 2,885 bilhões. Apesar de o segmento de serviços ter reduzido em 0,4%, somando R$ 2,747 bilhões, as receitas em equipamentos caíram 45,5%, fechando março com R$ 136 milhões. As receitas para serviços fixos e outros compensaram parcialmente a queda no móvel e totalizaram R$ 6,020 bilhões, um aumento de 1,2%.

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Apesar de não abrir números, a América Móvil afirma que as receitas de dados móveis saíram de uma queda de 1,7% no último trimestre para um aumento de 9,7% nos três primeiros meses de 2017. Por outro lado, as receitas de voz móvel "reduziram o declínio de 14,1% para 8,7%". Nos serviços fixos, houve "melhoria sequencial (em relação ao trimestre anterior) em voz, mas leve desaceleração em receitas de dados". A TV paga mostrou crescimento de 2,4%.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBTIDA) avançou 5% e ficou em R$ 2,475 bilhões de euros. A companhia alega que as reduções em custos associadas a áreas técnicas do negócio ajudaram nesse desempenho. O lucro operacional subiu 90,9% e ficou em R$ 280 milhões.

Operacional

A base móvel total da Claro no Brasil caiu 7,7% no comparativo anual e ficou em 60,237 milhões. Desse total, 41,722 milhões eram de pré-pagos, uma queda de 13,8%. Os pós-pagos eram 18,515 milhões, aumento de 9,8%. Os minutos de uso (MOU) caíram também: 10,6%, ficando em 85. A receita média por usuário foi de R$ 15, um aumento de 8,3%. O churn caiu 0.2 ponto percentual, encerrando o mês com 3,4%.

As unidades geradoras de receita (UGRs), que englobam serviços de telefonia fixa, banda larga fixa e TV paga das empresas do grupo, recuaram 1,2% e totalizaram 36,439 milhões de acessos. A companhia atribui a queda às 278 mil desconexões no trimestre em acessos de voz e de pacotes básicos de TV paga (DTH da Claro TV).

Global

Enquanto o primeiro trimestre "permaneceu vagaroso" no Brasil, o período mostrou alguma recuperação na América Latina. A América Móvil inclui nessa retomada até o México, que voltou a ter expansão e valorização cambial após um começo de ano impactado pelas eleições nos Estados Unidos (e a posse do presidente Donald Trump) com as incertezas dos prospectos do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA). As receitas totais no primeiro trimestre foram de 264,157 bilhões de pesos mexicanos (US$ 14 bilhões), um aumento de 18,5% em comparação com o mesmo período de 2016.

O EBTIDA foi de 71,504 bilhões de pesos (US$ 3,789 bilhões), avanço de 15,8%. Com crescimento de 8,3%, o lucro operacional totalizou 30,4 bilhões de pesos (US$ 1,611 bilhão) no trimestre, sendo que os dados móveis foram responsáveis por 33,5% desse total. O restante ficou dividido entre voz móvel (28,4%), dados fixos (15,9%), voz fixa (11,8%) e TV paga (10,4%). O lucro líquido foi de 35,855 bilhões de pesos (US$ 1,9 bilhão), contra 4,798 bilhões (US$ 254,3 milhões) no primeiro trimestre do ano passado.

A dívida líquida do grupo mexicano foi de 584 bilhões de pesos, contra 630 bilhões de pesos em dezembro. Porém, em dólar, houve crescimento: de US$ 30,3 bilhões no final de 2016 para US$ 31,1 bilhões em março. O Capex da empresa totalizou 28,6 bilhões de pesos (US$ 1,515 bilhão), além de 3,7 bilhões de pesos (US$ 196,1 milhões) adicionais na compra da Olo, no Peru, e na Metronet, na Croácia.

O grupo mexicano fechou março com 82,840 milhões de UGRs, um aumento de 1,8% em comparação com o mesmo mês do ano passado, mas uma queda de 0,1% em relação a dezembro. A maior base ainda é a do Brasil, com 36,439 milhões de UGRs, uma queda de 1,2% no comparativo anual e de 0,8% em relação ao final de 2016.

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