Lucro do grupo Telefónica também tem impacto de decisão do STJ no Brasil

Foto: Tookapic / Pexels

Após a divulgação no Brasil, a Telefónica também anunciou os resultados referentes ao terceiro trimestre do ano nesta quarta-feira, 31. Assim como o resultado da subsidiária Vivo, o balanço do grupo espanhol foi impactado pela decisão do STJ sobre ICMS e de contingências no Brasil, além de ajustes de hiperinflação na Argentina, custos de reestruturação e ganho de capital com a venda de torres e de companhias digitais.

A receita da Telefónica totalizou 11,699 bilhões de euros no terceiro trimestre, uma redução de 8,3% frente ao mesmo período de 2017. No acumulado do ano, foi de 35,776 bilhões de euros, queda de 7,9%. Considerando a conversão de real para euros, a receita da Vivo no Brasil foi de 2,345 bilhões de euros (queda de 20,1%) no trimestre e de 7,572 bilhões de euros (redução de 17%).

O lucro operacional antes de depreciação e amortização (OIBDA) da Telefónica caiu 1,4% e ficou em 4,038 bilhões de euros. De janeiro a setembro, foi de 12,035 bilhões de euros, redução de 2%. A margem OIBDA aumentou 2,4 pontos percentuais e encerrou setembro em 34,5%. Considerando o acumulado do ano, a margem caiu 2 p.p. e ficou em 33,6%. No Brasil, o OIBIDA ficou em 1,075 bilhão de euros (aumento de 5%) e de 3,332 bilhões de euros (crescimento de 5,4%) no trimestre e nos nove meses, respectivamente.

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O impacto da decisão do Superior Tribunal de Justiça sobre a taxa base do PIS/Cofins na Vivo entre julho de 2004 e junho de 2013 trouxe um impacto positivo de 307 milhões de euros no OIBDA. Além disso, houve contingências que resultaram em impacto negativo de 110 milhões de euros no trimestre. Considerando isso, o lucro líquido do grupo espanhol foi de 1,139 bilhão de euros, aumento de 35%. Considerando o período de nove meses, foi de 2,721 bilhões de euros, um avanço de 11,6%.

Por sua vez, a companhia dedicou um Capex de 5,680 bilhões de euros nos primeiros nove meses de 2018, um avanço de 4,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse valor, entretanto, incluiu 612 milhões de euros em custo de licenças de espectro. A empresa diz que o foco foi para a transformação de redes com a implantação de ultra banda larga e virtualização.

O chairman executivo da Telefónica, José María Álvarez-Pallete declarou no comunicado que o resultado reflete uma "execução sólida" das prioridades estratégicas do grupo. Ele chama atenção para o crescimento da base de clientes de alto valor (como pós-pago e fibra) e da receita média, além da estabilidade de churn. "Se adicionarmos a cobertura mais ampla de nossas redes de alta velocidade, as eficiências que já estamos conseguindo com a digitalização e simplificação, e o lançamento do Movistar Home por meio da Aura, além de outras, estamos fortalecendo mais nosso posicionamento futuro", afirma.

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