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Para satelitais, franquia de dados é inevitável; informação e qualidade precisam compensar

A qualidade dos serviços e a transparência em relação ao que foi ofertado são as principais armas que as operadoras de satélites utilizam para conquistar superar o obstáculo dos pacotes com franquia de dados, considerados inevitáveis pela natureza tecnológica do serviço de banda larga residencial.

Segundo Rodrigo Cavalieri, diretor de marketing da operadora HughesNet, dar o máximo de informação sobre as características do serviço e sobre as formas de contornar as limitações, como o uso fora dos horários de pico, é a melhor forma de evitar a frustração de um serviço fixo que não tem as mesmas características das redes de cabo ou fibra, em que não existem franquias. Ele participou nesta terça, 31, do Congresso Latinoamericano de Satélites, organizado pelo Teletime.

Bruno Henriques, diretor de estratégias e produtos da Viasat, também segue o mesmo raciocínio, e acrescenta a qualidade como atributo. “Aqui fizemos uma aposta: apostamos em qualidade em vez de preço. Ele sabe que paga mais, mas quer um serviço melhor do que ele teria em um acesso por rádio ou por 3G”. Para o desafio da franquia, diz ele, “precisamos ser transparentes, claros e honestos com nosso cliente. Ele não sabe quanto consume em determinadas aplicações”, explicou o executivo. O Brasil é o primeiro mercado fora dos EUA que a empresa oferece serviços de conectividade. Henriques também explica que, com o seu público consumidor, adotou outras nomenclaturas para explicar de maneira mais fácil os pacotes ofertados pela operadora.

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O mercado brasileiro

Mas o mercado brasileiro tem especificidades que precisam ser observadas. Para Tiago Melo, conselheiro da Abrint, as dimensões do Brasil fazem surgir diversos públicos no mercado. “Tem locais do Brasil que somente o satélite vai chegar. E entender o consumidor brasileiro é complexo. Detectamos, por exemplo, que no Rio Grande do Sul existem cinco comportamentos distintos que afetam a comunicação com o consumidor. Ou seja: aqui temos que encontrar cinco formas para garantir uma efetiva comunicação com nosso cliente”, explicou o representante das Abrint.

Cavalieri, da HughesNet, destacou o desafio da forma de pagamento. A empresa, que tem operações de conectividade no Brasil e nos EUA, utiliza no mercado norte-americano o email e o cartão de crédito como formas de pagamento e solicitação do serviço, o que é mais desafiador no Brasil. “O mercado brasileiro tem várias especificidades, como o pagamento. Nos EUA, usam email, aqui não. Nem todo mundo tem email. E muito menos cartão de crédito”.

Para Álvaro Sanchez, CEO, Integrasys, a pandemia mostrou que havia uma demanda por Internet. E isso facilitou e aqueceu o mercado de serviços de acesso, inclusive por satélite, aponta o executivo, num movimento que não deve retroceder com a volta à normalidade.

A empresa também comentou a experiência que teve na Europa com a questão da interferência do 5G nas transmissões de satélite pela banda C. Segundo Sanchez, a alternativa desenvolvida pela empresa, que tem justamente sistemas de monitoramento e qualidade dos serviços, foi corrigir por software as interferência dos sinais de 5G.

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