O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, manifestou nesta quinta-feira, 31, apoio público à recondução de Igor de Freitas ao Conselho Diretor da Anatel. "Ele já me disse, quando eu o consultei, há algum tempo atrás, que estava fazendo essa avaliação e que tinha uma tendência a querer sair, não querer ficar, mas hoje fiz questão de dizer publicamente da admiração que eu tenho e do meu entusiasmo para que fique, caso tenha essa vontade", disse o ministro.
O mandato do conselheiro na Anatel será encerrado no dia 4 de novembro e há dúvidas sobre a intenção do governo em recomendar sua recondução. O ministro não assegurou que isso vá ocorrer, mas se for consultado e se Freitas quiser, afirma que manifestará sua simpatia. Mas adiantou que essa porque "é uma decisão do Senado, uma decisão de governo, não apenas do ministério". Igor de Freitas é consultor legislativo do Senado e, ao chegar à Anatel, teve forte apoio de diferentes senadores.
"O Igor eu admiro, eu o conheci aqui, já como ministro, uma pessoa com um conhecimento notável, uma seriedade muito grande, uma capacidade de trabalho, uma credibilidade e que rapidamente se tornou um integrante da equipe do Estado brasileiro, integrado com o nosso governo", disse. Para Kassab, é muito bom para o Brasil que pessoas como ele continuem prestando serviço em função tão importante.
O apoio a Freitas foi manifestado por Kassab durante a solenidade de testa da tecnologia 5G, desenvolvida no Brasil pela Inatel, com recursos do Funttel (Fundo para Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações), que é gerido pelo MCTIC.
OMC
Kassab também comentou sobre a decisão da Organização Mundial do Comércio (OMC), em condenar sete programas de incentivos à indústria, por práticas discriminatórias. "A OMC é uma instituição de grande credibilidade, merece o nosso respeito e o Brasil, do ponto de vista jurídico, está recorrendo por meio do Ministério das Relações Exteriores, que enviará em breve as nossas razões, as nossas explicações", disse.
Segundo o ministro, de outra parte, o governo, especialmente o MCTIC, está se preparando para qualquer aperfeiçoamento que se fizer necessário nas políticas públicas de incentivos. "Portanto, saberemos cumprir qualquer deliberação e não teremos qualquer problema em conviver com as decisões", disse.
A condenação atinge principalmente a Lei de Informática e o Padis, programa de incentivo à produção de semicondutores no Brasil. O governo terá 60 dias para recorrer e a OMC pode demorar até seis meses para se manifestar.