Além do seu balanço financeiro referente ao segundo trimestre, a Telefónica anunciou nesta quarta-feira, 31, ter alcançado um acordo não vinculativo com a Millicom, grupo que opera na América Latina e África, para a venda da Coltel, sua subsidiária na Colômbia.
As conversas para a compra da operação pela Millicom giram em torno de US$ 400 milhões. O eventual negócio seria entre a subsidiária das duas empresas, a Coltel e TigoUne.
A Millicom também confirma a intenção de adquirir as participações minoritárias de outros ativos da Telefónica na Colômbia, como o La Nación e 50% das Empresas Públicas de Medellín (EPM), que atua com telecom e utilities.
"A entidade combinada proposta revitalizaria o setor de telecomunicações da Colômbia, formando uma entidade robusta com a escala e capacidade financeira necessárias para apoiar investimentos significativos em rede e espectro, alinhados com os objetivos de inclusão digital da Colômbia", diz a Millicom, em comunicado.
Para financiar o investimento perto de US$ 1 bilhão, a Millicom planeja desembolsar uma parte em dinheiro e outra em dívida assumida por meio do fluxo de caixa livre de ações projetado para os próximos 18 meses.
A operadora afirma, ainda, que o M&A poderia impulsionar a implantação de tecnologias como fibra óptica e 5G no país latino, com a capacidade de proporcionar "serviços mais rápidos e confiáveis e uma melhor experiência do cliente."
O negócio ainda depende de acordos definitivos entre as empresas, assim como de aprovações regulatórias dos órgãos antitrustes. É importante dizer que o grupo espanhol colocou à venda, ainda em 2019, diversas operações na América Latina, como Argentina, México e Colômbia, entre outras.