A espanhola Telefónica publicou nesta quarta-feira, 31, os resultados financeiros do segundo trimestre de 2024. No período, o lucro líquido da tele registrou queda de 3,3%, para 447 milhões de euros (US$ 484,4 milhões). No semestre, porém, o indicador teve um crescimento expressivo (28,9%), chegando a 979 milhões de euros (US$ 1,06 bilhão).
A receita ficou praticamente estável tanto nos três meses encerrados em junho (+1,2%), a 10,2 bilhões de euros (US$ 11 bi); como no semestre (+1,1%), com 20,3 bilhões de euros (US$ 22 bi).
Assim, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) apresentou estabilidade no segundo tri (+1,8%), resultado próximo ao do acumulado do ano (+1,9%). A base de acessos fechou em 392 milhões (+2%), com avanço na fibra até a residência (+12%) e em contratos (+3%).
No balanço, a empresa ressalta que 61% da receita nos três meses até junho vieram no mercado residencial (B2C), 22% do segmento empresarial (B2B) e os outros 18% do atacado, repetindo os três primeiros meses de 2024.
"As receitas estão crescendo, o EBITDA está aumentando e a base de clientes está maior e mais satisfeita com o serviço que fornecemos. A Telefónica é uma empresa mais rentável e sustentável, atendendo aos pilares de seu plano estratégico GPS, confirmando todas as suas metas financeiras para 2024 e reafirmando sua atrativa remuneração aos acionistas", afirmou o chairman da Telefónica, José María Álvarez-Pallete, em comunicado.
Brasil
Sobre o Brasil, o Grupo lembra que a Vivo aprovou os termos do acordo com a Anatel, Tribunal de Contas da União (TCU) e Ministério das Comunicações para a migração do modelo de concessão para autorização e ressalta o investimento na CRMBonus.
Além disso, frisa que a subsidiária brasileira manteve a sua liderança do mercado móvel, com 38,6% de share, 43,1% em contratos e 17,3% em FTTH (46,6% em áreas atendidas há mais de 5 anos).
No setor móvel, a Telefónica entende que a Vivo "continuou demonstrando grande força" nos contratos, com alta de 7% na base anual, o que é atribuído à manutenção de uma baixa taxa de churn (1%), à alta atividade comercial e à expansão (2,7%) da receita média por usuário (ARPU).
Já na linha fixa, lembra que os acessos conectados (FTTH) chegaram a 6,5 milhões em junho, enquanto a cobertura disponível ficou em 27,3 milhões de lares, com taxa de penetração de 24%.
"O Vivo Total (oferta FTTH + móvel) atingiu 1,8 milhão de acessos (o dobro ano a ano), melhorando o ARPU e o churn, já que esses clientes têm um churn 1 ponto percentual menor do que os acessos FTTH independentes", diz.