Nokia reverte prejuízo em lucro, mas receita na América Latina cai 41%

Os resultados da Nokia no segundo trimestre indicaram uma reversão, em um ano, de prejuízo para lucro de 85 milhões de euros, mesmo com impactos da pandemia do novo coronavírus (covid-19) na receita. Globalmente, o faturamento da companhia recuou 11% entre abril e junho (para 5,092 bilhões de euros); na América Latina, a queda foi maior e alcançou 41% (212 milhões de euros).

O balanço foi o último da Nokia sob o comando de Rajeev Suri, que deixa do posto de presidente e CEO da empresa nesta sexta-feira, 31. Comentando os números do trimestre, o executivo destacou uma "lucratividade melhor que a esperada" no período e indicações claras de força no segmento de acesso em rádio.

Ainda assim, a empresa reportou um impacto de 300 milhões de euros nas receitas por conta da pandemia, superando os 200 milhões de euros do primeiro trimestre. "Esperamos que a maioria das vendas perdidas no trimestre devido ao covid-19 ocorra em períodos futuros", pontuou Suri. Além da América Latina, os resultados também foram bastante pressionados na China continental, onde a receita da Nokia recuou 41%, para 302 milhões de euros.

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O impacto foi mais contido nos principais mercados: na América do Norte a receita recuou 2% (para 1,717 bilhão), ou a mesma queda percentual verificada na Europa (para 1,585 bilhão de euros). A empresa também reportou 83 contratos para fornecimento de tecnologia 5G em todo o mundo.

Divisões

Quando considerada apenas a divisão de redes (o principal negócio da empresa), o recuo global no faturamento ficou em 10%, para 3,955 bilhões. Na divisão de software, houve queda de 12% (597 milhões de euros gerados), enquanto a Nokia Technologies recuou 11% (341 milhões de euros).

De modo geral, em seis meses a Nokia registra queda de 7% na receita (para 10,005 bilhões de euros) e prejuízo de 16 milhões de euros até junho. A cifra é bem menor que os 632 milhões contabilizados nos seis primeiros meses de 2019, sendo 191 milhões de euros no segundo trimestre do ano passado. Já a margem operacional em seis meses de 2020 é de 0,9%, sendo 3,3% no segundo trimestre; há um ano, o indicador estava negativo.

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