Pharol processará ex-administradores da PT

Os antigos administradores da Portugal Telecom deverão ser processados por danos à empresa por conta do calote de 897 milhões de euros da RioForte, braço do Grupo Espírito Santo, operação que acabou desandando a fusão com a Oi e a criação da CorpCo, nova entidade luso-brasileira que substituiria as duas empresas. Em assembleia geral de acionistas da Pharol SGPS (antiga PT SGPS), foi decidido que a companhia entrará com uma ação de responsabilidade contra "todos e quaisquer administradores eleitos para o triênio de 2012/2014 e que tenham violado deveres legais, fiduciários e/ou contratuais, entre outros, quer por ação, quer por omissão, pelos danos causados à Pharol, em consequência e/ou relacionados com os investimentos em instrumentos de dívida emitidos por entidades integrantes do Grupo Espírito Santo."

Em comunicado, a Pharol afirma que vai propor indenização contra os administradores que tiveram "participação direta nas decisões relativas aos investimentos acima referidos ou que, em virtude dessas funções (de mandato), os poderiam ter evitado". Segundo a entidade, a decisão foi aprovada pela maioria absoluta (99,996%) dos votos presentes ou representados e emitidos na assembleia.

À imprensa portuguesa, o presidente do conselho de administração da Pharol, Luís Palha da Silva (por sinal, um dos futuros membros do conselho da Oi), quando perguntado se ação atingiria também o Banco Espírito Santo/Novo Banco, afirmou que os processos se referem aos ex-administradores, mas não exclui outras responsabilizações. O ex-presidente da PT, Henrique Granadeiro, teria proposto a suspensão da assembleia de hoje, mas sem sucesso. Assim como o ex-presidente da Oi, Zeinal Bava, Granadeiro acabou saindo da empresa como consequência da sucessão de medidas tomadas pelas empresas após o calote da RioForte.

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Recentemente a ainda PT SGPS chegou a anunciar que processaria também a Delloite por conta do malfadado investimento na RioForte. A Delloite foi responsável por auditar as contas da PT SGPS até 2014.

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