TIM prepara estratégia de cobertura indoor com small cells

Com foco na melhoria da prestação do serviço móvel, a TIM tem procurado concentrar investimentos em infraestrutura e começou a testar modelos de cobertura indoor com small cells. De acordo com o presidente da operadora, Rodrigo Abreu, a implementação dessas antenas começou para atender ao evento da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, na semana passada. "Esse roll out vai ser estendido, é parte de nossa estratégia de infraestrutura de acesso de rádio", declarou ele nesta quarta, 31, durante conferência de resultados financeiros que também celebrou os 15 anos de negociações das ações da empresa no País.

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Abreu explica que a TIM instalou as microcélulas em caráter experimental, antevendo a necessidade de proporcionar cada vez mais capacidade para atender à demanda de dados. "Existe um plano em andamento com metrocell, microcell e femtocell, e não podemos esquecer do offload com Wi-Fi, que não é considerado como small cell, mas já tem iniciado o roll out de implementação", diz. Se a estratégia ainda é vaga, ao menos mostra que o programa já está em andamento na empresa. "É uma tendência direcional, talvez ainda seja cedo para dar números, mas faz parte do plano de Capex para o ano que vem", explica o presidente da TIM.

A ideia é tentar também compensar as barreiras de regulamentação na instalação de antenas comuns. "O licenciamento em grandes metrópoles, como Rio de Janeiro e São Paulo, mas que vale para qualquer grande cidade do País, é de uma estratégia difícil de executar e que leva muito tempo", confessa. "As small cells serão importantes para o futuro da cobertura, vão ter maior velocidade de instalação", diz. Além disso, como é indoor, há a capacidade de ser "específico em necessidades de cobertura". Considerando o Wi-Fi, a estratégia de uma "cobertura de apoio" já vem tomando forma: entre abril e junho, a TIM ativou mais de 50 hotspots.

Para dar vazão necessária, é preciso ter um backhaul robusto. A operadora já conta com 88,2% das estações radiobase (ERBs) nas 14 principais cidades brasileiras já estão conectados com fibra própria. A segunda fase de seu projeto fiber-to-the-site (FTTS), que adaptará os equipamentos eletrônicos, iluminará a fibra e desviará o tráfego, segundo a operadora, está em desenvolvimento acelerado. "Estamos falando de quase 600 novos sites até o final do ano", revela Rodrigo Abreu, destacando a política de uso de infraestrutura própria. "Isso tem efeito de qualidade e de redução de custo operacional".

Investimentos

A TIM investiu R$ 1,12 bilhão no trimestre, 6,2% a mais que no mesmo período de 2012, 95,3% dos quais direcionados a investimentos em infraestrutura para melhoria da qualidade e expansão da cobertura 3G e 4G, que chegam a 898 cidades e sete cidades, respectivamente. Na visão de Abreu, o compartilhamento de infraestrutura LTE com a Oi permitiu concentrar investimentos em outras áreas. "Foram pequenas realocações de Capex para áreas prioritárias, como small cells e de serviços de dados", diz. O guidance do Capex para a empresa até o final de 2013é de R$ 3,6 bilhões; e, em três anos, é de R$ 10,7 bilhões.

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