A Furukawa está anunciando no mercado brasileiro uma nova linha de produtos ecológicos – cabos ópticos, cabos metálicos e conectores em conformidade com a diretiva européia 2002/95/EC. Esta diretiva, designada RoHS (Restriction of Hazardous Substances), restringe o uso na fabricação dos produtos, de determinadas substâncias consideradas nocivas ao meio ambiente e aos seres humanos. "Atualmente a empresa produz a linha RoHS na fábrica de Curitiba (PR) principalmente para exportação direta e fornecimento às empresas no Brasil que possuem negócios no exterior?, explica o gerente de produtos da divisão de cabos de dados, José Melo. Segundo o executivo, alguns materiais, como PVCs e pigmentos tiveram a sua formulação modificada para atender à diretiva.
Elaborada há três anos, a diretiva RoHS que entrou em vigor no dia primeiro de julho na Comunidade Européia, restringe a utilização de substâncias como o Chumbo (Pb), Cádmio (Cd), Mercúrio (Hg), Bifenilos polibromados (PBBs), Éteres difenil-polibromados (PBDEs) e Cromo hexavalente (Cr6+). Conforme a configuração, a linha RoHS tem um acréscimo de 5% no preço final e de 10% no caso dos cabos anti-fumaça o que restringe sua difusão no Brasil. "Trata-se de uma questão cultural. O País em breve terá uma legislação semelhante à Comunidade Européia mas por enquanto o projeto está parado no Congresso", diz Melo. Além da Europa, o Japão e alguns Estados norte-americanos também contam com uma legislação restritiva ao uso de metais pesados.
Os cabos ecológicos da Furukawa também são revestidos com compostos anti-chama LSZH (Low Smoke Zero Halogen). Durante um eventual incêndio, este tipo de material praticamente não gera fumaça e compostos halógenos, o que assegura um tempo maior para evasão das pessoas do ambiente e para combate à fonte da chama. ?Essa característica é interessante principalmente para empresas como data centers que querem preservar seus equipamentos no caso de princípio de incêndio", afirma Melo. Ele destaca que cabos com LSZH são também é indicados para ambientes com grande fluxo e concentração de pessoas. "O metrô de São Paulo, por exemplo, já conta com esta tecnologia da Furukawa", afirma.
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