Após divulgar os resultados financeiros do ano passado e projetar o futuro da empresa daqui para frente, a Oi apresentou a proposta de remuneração dos membros da administração para o triênio 2025-2027. Os valores serão deliberados pelos acionistas em assembleia virtual marcada para o dia 29 de abril.
Conforme a proposta, a operadora planeja desembolsar o valor máximo de R$ 199 milhões no período de três anos em vencimentos, incluindo salários e incentivos de curto prazo (remuneração variável). Este total diz respeito às remunerações do conselho de administração, da diretoria estatutária e do conselho fiscal.
No caso, a Oi prevê pagar, no máximo, R$ 151,4 milhões e R$ 45,6 milhões aos membros do conselho de administração e da diretoria estatutária entre 2025 e 2027, respectivamente, caso todas as metas estabelecidas sejam atingidas.
Para o conselho, haverá uma parcela de remuneração variável condicionada às metas de redução do endividamento da companhia, levando em conta o volume de dívidas renegociadas, amortização de passivo e melhoria dos indicadores financeiros.
Já para a diretoria estatutária, a Oi propõe que a remuneração seja dividida na proporção de 45% de salário base e 55% em incentivos de curto prazo.
Inclusive, a parcela variável depende do cumprimento de metas corporativas (60% do total dos bônus) e individuais (40%). Além disso, a Oi detalhou que as metas corporativas serão compostas por resultados de fluxo de caixa (40%), receita líquida (40%) e opex de rotina (20%).
"Esta parcela tem como objetivo incentivar e premiar a diretoria em função dos resultados alcançados no plano anual de negócios, além de reconhecer a performance individual dos executivos, possibilitando assim maior competitividade de sua remuneração quando comparada ao mercado", diz a Oi.
"Além de engajar e reconhecer, o programa de incentivos de curto prazo funciona como ferramenta para garantir o foco nos indicadores-chave de resultados que assegurem a excelência da execução do plano de negócios", acrescenta a operadora, em trecho do documento encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Por fim, de acordo com a proposta, a Oi planeja desembolsar R$ 1,98 milhão com o conselho fiscal no triênio 2025-2027. O valor corresponde ao mínimo previsto na Lei das Sociedades por Ações (Lei nº 6.404/1976). Inclusive, os membros titulares e suplentes do conselho fiscal devem ser eleitos na mesma assembleia prevista para o fim de abril.
Proposta trienal
Diferentemente dos últimos anos, a Oi optou por apresentar uma proposta de remuneração trienal, em vez de anual, aos membros da administração. Segundo a operadora, esse método reforça o "compromisso com a sustentabilidade financeira" e alinha "os interesses dos administradores aos da companhia".
"A aprovação de um pacote de remuneração trienal visa garantir a estabilidade das metas de médio e longo prazo e a coerência das ações de reestruturação, assegurando que os esforços de redução do endividamento sejam adequadamente recompensados e mantidos ao longo de todo o período", afirma a Oi.
A empresa ainda destacou que a estratégia de remuneração, mais focada em componentes variáveis do que fixos, "é adequada ao momento atual", uma vez que a Oi tem "desafios reconhecimento superiores à média do mercado".
Além disso, a tele ressaltou que, para o período de 2025 a 2027, os planos de incentivos de longo prazo baseados em ações estão cancelados. Dessa forma, os bônus remuneratórios variáveis se concentram em metas financeiras e de endividamento de curto prazo.