A Liderança do PT na Câmara dos Deputados enviou ao Poder Executivo um requerimento de Indicação em que pede ao governo que reavalie os contratos que o Estado brasileiro possui com a empresa Starlink, por meio de convênios federais.
Sob a liderança do deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), o documento justifica a medida dizendo que o CEO da Starlink, Elon Musk, se tornou um "defensor de políticas da extrema direita", tendo apoiado o partido Alternativa para a Alemanha (AfD) as vésperas da eleição do parlamento alemão, além de frequentemente estar envolvido em polêmicas, como a que acarretou a suspensão do X, outra empresa de propriedade de Musk, no Brasil.
Farias ressalta no documento que a desconfiança quanto aos serviços prestados pelas empresas de Musk tem levado diversos países a reverem os negócios que possuem com o empresário. Ele cita o caso da Itália, que paralisou negociações com a Starlink devido as declarações públicas de seu fundador e da discussão de Musk com o empresário Carlos Slim, dono da América Móvil, dona da Claro no Brasil. "O empresário mexicano, em represália, rompeu colaborações com a Starlink, gerando um prejuízo estimado em US$ 7 bilhões a empresa", diz Lindbergh Farias.
O documento também convoca o Estado brasileiro atuar em uma frente que crie um estruturando e financiando ecossistema digital nacional, como forma de também mitigar a dependência tecnológica do Brasil do país dessas grandes empresas de tecnologia global.
Mais Starlink no Brasil
O Conselho Diretor da Anatel agendou para o próximo dia 3, o pedido da Starlink para ampliação do número de satélites da empresa autorizados a operar no Brasil. Na agenda da Anatel está justamente a demanda de expansão da Starlink, encaminhada inicialmente à agência no final de 2023. Mas, segundo apurou este noticiário, há ainda a chance de o assunto ser adiado novamente em função de avaliações ainda em curso.