Desktop vai seguir com aquisições e tem diligências com oito provedores

Após reportar resultados operacionais de 2021 marcados pelo forte ritmo de aquisições no mercado paulista de fibra óptica, a Desktop deve manter a estratégia de consolidação em 2022 e já tem diligências em curso com oito provedores regionais.

Em teleconferência de resultados nesta quinta-feira, 31, o CEO da empresa, Denio Alves Lindo, explicou que os contratos de exclusividade firmados com os alvos envolvem cerca de 400 mil assinantes (incluindo operações com mais de 100 mil clientes); nem todas as transações serão necessariamente fechadas, mas assinaturas são projetadas para os próximos meses.

Localidades adjacentes à atual área de atuação da Desktop estão na mira, incluindo a região oeste de São Paulo, em sentido no qual a operadora tem construindo backbone próprio (hoje a presença é concentrada no centro e ao leste paulista). Outra possibilidade é a entrada em novos estados "anexos" a São Paulo.

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Em 2021, a Desktop adicionou quase 400 mil novos acessos de banda larga. Deste, 123 mil foram fruto de expansão orgânica e 275 mil, resultado de cinco aquisições celebradas pela empresa no ano passado.

Entre as mais relevantes estão a LPNet e a Net Barretos; no todo, a Desktop passou de presença em 25 cidades para 122 ao fim de 2021, incluindo novas praças como Sorocaba, Santos e São Carlos. "Temos muitas sinergias para capturar. Esse é nosso foco número um", afirmou Alves Lindo, durante a call de resultados. A unificação de backbones com as adquiridas é um dos movimentos que vão ocorrer.

Com as compras mais recentes, a infraestrutura da empresa saltou de 7,1 mil km de redes (FTTH e backbone) para 40,5 mil no fim de 2021. O número de casas passadas com a fibra atingiu 2,9 milhões de HPs (alta de 232%), enquanto os clientes fecharam dezembro último em 612 mil. No primeiro trimestre deste ano, a empresa estima que 39 mil assinantes foram adicionados.

Resultados

Os números de 2021 possibilitaram uma alta de 109% na receita líquida da Desktop, para R$ 349 milhões ao longo do ano passado. O Ebitda ajustado ficou em R$ 146,3 milhões (melhora de 67%) no acumulado e o lucro líquido, em R$ 44,9 milhões (+16%).

O ritmo de aquisições, contudo, resultou em uma "compressão natural das margens" ao longo de 2021, segundo a direção da companhia: a margem Ebitda de 41% em 2020 passou para 37% na média do ano passado. Em termos ajustados, a queda foi ainda maior: 42% ante 52%.

No balanço, foram apontados R$ 388 milhões de investimentos em imobilizado e outros R$ 380 milhões de saídas vinculadas à M&A. O montante foi financiado com ajuda dos R$ 705 milhões de aumento de capital após o IPO e outros R$ 427 milhões em endividamento contratado (incluindo R$ 350 milhões em debêntures emitidas no quarto trimestre). Assim, ao fim do ano passado a dívida líquida da Desktop somava R$ 601,4 milhões, com vencimento médio de 5,5 anos.

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