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Oi: aumento da remuneração da administração está na pauta de próximas assembleias

Fachada da Oi no Rio de Janeiro. Foto: Divulgação

A Oi convocou nesta terça, 31, assembleias gerais ordinárias (AGO) e extraordinárias (AGE) para o próximo dia 30 de abril. Na pauta das reuniões está a fixação da verba global anual da remuneração dos administradores e do conselho fiscal da companhia, além de “rerratificar” o aumento de 113,8% na remuneração global da administração, conforme já havia sido aprovada na AGE de abril do ano passado. 

O aumento da remuneração global foi aprovado em 26 de abril de 2019 com mais de 99% dos votos favoráveis. Na época, o acréscimo representava uma verba total – considerando honorários, incentivo de longo prazo baseado em ações e respectivos encargos sociais – de R$ 14,675 milhões. A verba para a diretoria foi de R$ 43,993 milhões, montante que engloba remuneração fixa, bônus executivo, incentivos de longo prazo baseados em ações, retenção executiva, benefícios e respectivos encargos sociais.

A medida havia causado reações do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, que julgou a proposta de aumento “pouco apropriada” diante do momento de recuperação judicial. O juiz da RJ, Fernando Viana, da 7ª Vara Empresarial do Tribunal Regional do Rio de Janeiro, também recomendou voto contrário na assembleia, o que não foi atendido.

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Conselho

A AGO do próximo mês terá ainda na pauta a votação das demonstrações financeiras referentes a 2019, além da deliberação sobre a destinação do resultado. Ambas as assembleias ainda deverão tratar da eleição de novos membros para os conselhos da administração e fiscal da operadora. 

Em fato relevante separado também nesta terça-feira, a operadora comunicou que recebeu a indicação de Raphael Manhães Martins e Marco Antônio de Almeida Lima para os cargos de conselheiro fiscal titular e suplente, respectivamente. A indicação foi feita pelo acionista Victor Adler, empresário sócio da companhia de materiais de construção Eternit. A votação deverá ocorrer nas assembleias do final de abril.

Por conta da pandemia do coronavírus, a companhia considera que “poderá analisar e implementar medidas para facilitar a participação de seus acionistas na assembleia”. A companhia possibilitará a participação e o exercício de voto a distância. 

1 COMENTÁRIO

  1. Decepcionante essa medida aprovada e anunciada, entendo eu, pelo Conselho de Administração da Cia, em um momento em que a empresa está em recuperação judicial, com limitantes de receita significativos em função da perda de clientes que vem se materializando nos últimos anos além dos efeitos presentes da crise com o Coronavirus. Não bastasse isso as ações da Cia. derreteram nas últimas semanas, provocando uma perda significativa para os acionistas. Não vi em nenhum momento o Conselho de Administração se preocupando com esse fato e muito menos adotar medidas de comunicação ao mercado, visando mitigar os efeitos da crise atual. Estão em andamento negociações de venda de parte dos ativos operacionais da Cia., como amplamente divulgado pela midia, e a continuidade da prestação de informações ao mercado a respeito desse fato poderia ter amenizado o derretimento das ações da Cia. e a visível destruição de valor do patrimônio dos acionistas.
    Como investidor da Cia. me declaro decepcionado e bastante insatisfeito com a atuação desse Conselho de Administração e espero que os acionistas tomem as medidas devidas para exigir que o foco seja colocado no seu devido lugar.

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