Abeprest cobra adoção de ações durante crise do coronavírus

Reunindo empresas que prestam serviços de engenharia de telecomunicações, a Associação Brasileira de Empresas de Soluções de Telecomunicações e Informática (Abeprest) divulgou nesta terça-feira, 31, uma série de reivindicações para enfrentamento da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus (covid-19).

Entre os pontos listados estão a flexibilização de contratos de trabalho e do recolhimento de tributos. "Os governos municipais, estaduais e federal ainda estão tomando medidas muito tímidas para flexibilizar o recolhimento de tributos das nossas empresas. Precisamos de ações mais fortes e criativas para o recolhimento do ISS, ICMS, IPI, INSS, FGTS, PIS, COFINS, CSLL, IRPJ, dentre outros", afirmou a entidade.

Sobre a questão trabalhista, a Abeprest observou que o governo federal tem implementado medidas neste sentido, mas argumentou "que regras de suspensão de contratos de trabalhos, redução de salários e de demissões devem também ser incluídas".

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A entidade ainda reclamou da postura dos bancos privados durante o momento de crise. "De maneira insensível, quando nossas empresas estão mais precisando de recursos financeiros, os bancos privados estão dificultando suas negociações financeiras e aumentando suas taxas de juros", lamentou a associação.

Operadoras

Uma mensagem também foi enviada para os principais clientes da cadeia, como operadoras de telecom, fabricantes e empresas de utilities: neste caso, o pedido foi que atuais contratos e obras não sejam paralisadas e que as renovações contratuais em andamento "prossigam com justeza e correção". A entidade ainda solicitou que os processos das novas e futuras contratações sejam acelerados, além de pedir "sensibilidade" frente pleitos financeiros diferenciados que visem melhorar os prazos de pagamento pactuados em contrato.

Sincronia

Outro ponto abordado pela Abeprest foi a necessidade de um trabalho sincronizado entre as diferentes esferas do estado (Executivo, Legislativo e Judiciário). "Temos presenciado inúmeras ações conflitantes", afirmou o comunicado da entidade.

Por último, também foram solicitadas clareza na prestação de contas com a sociedade e uma maior publicidade, por parte do MCTIC e da Anatel, da classificação como essencial dos serviços de telecom. "Apesar da publicação de decreto federal, as nossas empresas ainda continuam sofrendo muita discriminação de diversos setores, nos impedindo muitas vezes de continuar trabalhando".

A Abeprest reúne 45 empresas que somam cerca de 55 mil colaboradores. Entre as associadas da entidade estão Nokia, NEC e Ciena.

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