Em 2008, a adesão à terceira geração (3G) de telefonia celular ainda será pequena no Brasil. Mas ao fim de 2009 os usuários com aparelhos habilitados para essa tecnologia devem representar entre 10% e 15% da base de assinantes no País. Isso deve significar algo entre 16 milhões e 24 milhões de linhas, das quais cerca de 2 milhões deverão ser modems e placas para acesso em banda larga móvel em 3G. A previsão é do presidente da Qualcomm no Brasil, Marco Aurélio Rodrigues.
Para o executivo, o lançamento de novas redes 3G no País aquecerá o mercado de troca de celulares. ?Ano passado, foram vendidos 25 milhões de celulares para troca. É uma quantidade grande. E a tendência é crescer?, avalia Rodrigues.
Chipsets
O avanço de redes WCDMA mundo afora é lucrativo para a Qualcomm. Além de fabricar chipsets com essa tecnologia, a empresa fatura com royalties por suas patentes. Atualmente, 60% da receita da companhia provêm da venda de microprocessadores e 30%, de royalties.
Em 2007, a Qualcomm vendeu 270 milhões de chipsets no mundo inteiro, dos quais cerca de 180 milhões eram WCDMA. No primeiro trimestre de 2008, as vendas devem alcançar entre 80 milhões e 85 milhões de chipsets, o que representa um crescimento de aproximadamente 30% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando a empresa vendeu 60 milhões de unidades.
A Qualcomm não vende chipsets para as fábricas de celulares no Brasil. Normalmente, as compras dos fabricantes são centralizadas em suas matrizes e os chipsets são enviados em seguida para suas fábricas distribuídas pelo mundo.