O Ministério das Comunicações deverá trabalhar para convencer a Anatel a segurar qualquer iniciativa de licitar a terceira geração de serviços móveis este ano. Segundo fonte gabaritada do Minicom, esta decisão de abrir o mercado de 3G com o leilão de novas faixas é essencialmente política e não pode ser tomada sem uma discussão ampla com o governo ou sem os devidos estudos que comprovem a necessidade e a viabilidade da introdução da terceira geração no Brasil nesse momento. "Hoje não podemos dizer que a introdução da terceira geração seja o melhor modelo para o país do ponto de vista da política industrial, das políticas públicas ou da viabilidade econômica para as empresas", diz a fonte. Conforme já informou este noticiário, há no Minicom uma forte corrente, inclusive com alguns estudos prontos, que apontam para um caminho alternativo, que seria o de segurar o lançamento da terceira geração, aguardando a nova "onda tecnológica" da chamada "quarta geração" de serviços móveis, o que envolveria inclusive a tecnologia WiMax móvel. O Ministério das Comunicações está para publicar a consulta pública sobre o edital de financiamento a projetos de pesquisa em WiMax, inclusive WiMax móvel. O edital deve sair esta semana.
Caso enfrente resistência da Anatel para discutir o assunto, o Ministério das Comunicações tem na gaveta, pronto para usar, um decreto que vincularia qualquer licitação envolvendo o espectro a uma decisão política anterior. O Minicom não quer que se repita o "incidente" da licitação das faixas de 3,5 GHz e 10,5 GHz, quando o ministério e a Anatel entraram em rota de colisão, e por isso pretende articular com a agência antes de qualquer licitação para faixas 3G ser anunciada.
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