O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) formalizou um acordo de cooperação técnica para executar a primeira fase do Programa Open RAN Brasil, focado em incentivos para a cadeia de redes de acesso abertas e desagregadas.
O projeto terá R$ 32,4 milhões em recursos orçamentários e será executado ao lado da Associação Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD). O acordo foi publicado na edição do Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, 31.
A vigência do programa será de 36 meses (até novembro de 2023). No MCTI, a iniciativa será coordenada pela Secretaria de Empreendedorismo e Inovação (Sempi). Em agosto, a pasta já havia adiantado que trabalhava no programa de incentivos para a cadeia Open RAN brasileira.
A primeira fase do projeto tem foco em software. "Isso inclui o controle inteligente de redes de acesso (RIC, na sigla em inglês) e suas aplicações, toda a orquestração e gerenciamento da rede (SMO) e, ainda, o controle inteligente de outros segmentos da rede, como o transporte óptico no backhaul, midhaul e fronthaul", explicou o gerente de soluções de comunicação sem fio do CPQD, Gustavo Correa Lima.
Além disso, a primeira etapa envolverá a construção de uma plataforma de demonstração e experimentação distribuída em duas localidades (Rio de Janeiro e Campinas), contendo componentes de uma rede 5G composta por equipamentos abertos e desagregados e controlada por uma pilha de software aberto.
Já as segunda e terceira fases do programa estão em fase de modelagem e captação, com foco previsto para a parte de equipamentos e para a realização de pilotos temáticos e testbeds Open RAN.
Vale notar que o Ministério das Comunicações (MCom) também está investindo em projetos de redes de acesso abertas e interoperáveis, além do Ministério da Economia, que tem começado a se debruçar sobre o tema.