Operadoras testam LTE 450 MHz nacional

Pelos menos duas operadoras já decidiram testar o equipamento LTE em 450 MHz desenvolvido pelo CPqD com recursos do Funttel e produzido pela WxBR de Campinas. "Estamos discutindo com os principais operadores", afirma Samuel Lauretti, presidente da WxBR. Segundo apurou este noticiário, uma dessas empresas é a Oi. O início da fase de testes mostra que o cronograma para a disponibilização da tecnologia para o mercado até o final do ano foi cumprido.

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De acordo com o edital de venda das faixas de 2,5 GHz e 450 MHz, as operadoras devem atender a área rural (limitada a uma área de 30 km da área urbana) de 30% dos municípios das suas áreas de outorga até junho de 2014. Segundo Lauretti, para que esse prazo seja cumprido é preciso que a implantação se inicie no ano que vem.

"O Brasil tem cerca de 5,5 mil municípios e, como são quatro áreas, estamos falando de 300 a 400 munícipios nessa primeira fase", calcula ele. Depois disso, a próxima meta é atender a 60% dos municípios até o final de 2014 e 100% até o final de 2015.

Para Lauretti, é pouco provável que as operadoras optem por implementar uma rede CDMA nesta faixa. Isso porque o núcleo de rede, segundo ele, não poderia ser compartilhado com o da rede GSM/3G. Na prática, haveria a necessidade de dobrar essa infraestrutura para atender a rede CDMA em 450 MHz. Além disso, na sua visão, o CDMA em 450 MHz teria dificuldade em chegar à velocidade de 1 Mbps, como determina o edital, em 2017.

O uso de outras faixas de frequência para ele também não seria o ideal porque "quando se fala em área rural, a cobertura é um fator chave". Por ser uma faixa baixa, a principal característica do 450 MHz é a possibilida de cobrir grandes áreas.

O LTE em 450 MHz está sendo padronizado pelo 3GPP, o que abre a possibilidade de os fabricantes multinacionais se interessarem por este mercado que, por enquanto, só existe no Brasil. A Huawei já anunciou que desenvolve equipamentos LTE para a faixa, e aNokia Siemens tinha planos nesse sentido. Lauretti vê o lado positivo da entrada dos grandes players internacionais. "Uma tecnologia de um único fornecedor perde a credibilidade junto às operadoras. Dá mais conforto investir em tecnologia com mais fornecedores", diz ele.

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