Serviços móveis de transporte, e-gov e saúde são as maiores demandas dos paulistanos

A mobilidade tem sido um dos grandes condutores da transformação das cidades inteligentes, com destaque para o uso de smartphones. De acordo com pesquisa da Ericsson divulgada nesta quarta-feira, 30, 47% dos usuários estão demandando aplicativos de navegação que inclua a continuidade do serviço.

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O estudo foi conduzido com 7.500 usuários de smartphones no mundo todo, mas com foco em algumas das maiores cidades como Tóquio, Londres, Nova York, Pequim e São Paulo, que registrou o menor índice nesses itens dentre as cinco capitais pesquisadas.

Segundo o head de pesquisa em laboratórios, Michael Björn, a população paulista quer, no final das contas, melhores serviços móveis para transporte, assistência médica e comunicação com as autoridades do governo (e-gov). "Tóquio e Londres tinham níveis muito altos (de satisfação), enquanto São Paulo e Pequim tinham muitas semelhanças (nas demandas). Vimos muitas respostas esperançosas no Brasil, as pessoas esperam que esses serviços funcionem", afirma.

Apesar de se mostrarem diferentes, os japoneses, como os brasileiros, não estão satisfeitos com serviços de e-gov, embora também não exijam isso. "Em Tóquio, as pessoas têm dados móveis desde 1999, então, não estão tão impressionados com isso. Eles não iriam usar serviços mesmo se estivessem disponíveis", explica Björn. Naturalmente, o nível de desenvolvimento está fortemente aliado aos índices. Tanto que os mercados mais maduros possuem outro perfil de usuário de smartphones. "Londres, Tóquio e Nova York têm predominância de smartphones pós-pagos, enquanto Pequim e São Paulo são pré-pagos", compara.

A diretora do ConsumerLab da Ericsson, Cecilia Atterwall, enxerga oportunidades para as empresas. "É uma situação complicada, mas a comunicação com autoridades e serviços de assistência são urgentes em Tóquio e São Paulo". A companhia afirma que as aplicações seriam realmente úteis: 20% a 30% dos entrevistados disseram que usariam os serviços diariamente.

Cobertura

Por outro lado, a capital paulista mostra satisfação grande com serviços móveis de restaurantes e compras. Para os entrevistados, quem deveria fornecer os serviços de entretenimento, naturalmente, seriam as próprias empresas que prestam os serviços. Por exemplo, para aplicações de locais de alimentação, os próprios restaurantes deveriam ser os provedores.

Mas se é um serviço de navegação outdoor/indoor, entretanto, os entrevistados paulistas afirmaram que deveria ser a operadora móvel, ainda que a cobertura móvel seja uma das reclamações. "É o único serviço em que os operadores seriam os mais cotados  para fornecer o serviço", afirma Cecilia.

Apps de compartilhamento de informações de tráfego como Waze, entretanto, também possuem papel importante. "No meu entendimento, o aspecto social dos brasileiros é a chave para o sucesso de serviços. Em se tratando de redes sociais, o Brasil se destaca".

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