Autonomy Investimentos contrata executivos para atuar em data centers

Data Center - Foto: Pexels/panumas nikhomkhai

A Autonomy Investimentos, gestora de private equity com mais de R$ 7 bilhões sob gestão, está anunciando a entrada no mercado de data centers na América Latina. A estratégia é operar centros de dados para prover serviços de aluguel de infraestrutura (colocation) de olho em hyperscalers, setor corporativo e soluções de edge computing.

Para isso, a gestora divulgou, na última semana, as contratações de dois executivos experientes para liderar a atuação neste mercado: Rafael Garrido, ex-VP Latam da Vertiv, e Bruno Pagliaricci, que soma passagens por Tivit e Odata. 

Os movimentos no setor ficarão a cargo da 247 Data Centers, nova subsidiária da Autonomy que nasce após quatro anos de estudo do mercado, explicou Garrido, em entrevista exclusiva ao TELETIME. "Nossa história nasce de maneira bastante interessante, porque combina a expertise da Autonomy, minha e do Bruno para criar a empresa", diz.

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Rafael Garrido

Fundada em 2007, a gestora possui hoje portfólio de cerca de 2 milhões de metros quadrados, distribuídos por seis estados. A Autonomy é a responsável por projetos corporativos como o Rochaverá Corporate Towers, em São Paulo (SP), e o Vista Guanabara, no Rio de Janeiro (RJ), por exemplo. Também tem participação na MRV Engenharia no setor residencial.

No planejamento para operar data centers, os executivos trabalham com hotspots em áreas de propriedade da gestora. O primeiro deles deve nascer no eixo Rio-São Paulo. "Nós estamos começando por aí. Mas não estamos de olhos fechados para outros mercados e regiões do Brasil, seja no Sudeste ou no Sul do País", diz Garrido.

Bruno Pagliaricci

Com o aumento na procura pela Inteligência Artificial (IA) e serviços de cloud, o entendimento é que há uma grande demanda a ser atendida entre os hyperscalers, mas não só. O movimento também mira as grandes empresas do setor produtivo, ressalta Garrido.

Na América Latina, o executivo explica que, além do Brasil, estão na mira operações em países como Peru, Chile, México e Colômbia. Esses centros são considerados os que mais crescem no fornecimento de infraestrutura na região.

"Vejo um crescimento acelerado de aplicações de IA nos próximos cinco a sete anos. E isso não vai começar daqui a três anos: a gente já está vendo aplicações de IA, seja em maior ou menor proporção, na indústria da data center da América Latina", finaliza Garrido.

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