Ericsson e Grupo São Martinho firmam acordo para 5G no agronegócio

A Ericsson e o grupo agroindustrial sucroenergético São Martinho firmaram parceria estratégica voltada a desenvolvimento de soluções de Internet das Coisas com base em padrões abertos de conectividade 4G e 5G. Segundo as empresas comunicaram nesta quarta-feira, 30, o acordo prevê ações conjuntas em pesquisa, desenvolvimento e inovação, com foco no aumento de eficiência agrícola e industrial.

Por meio de rede nas faixas de 700 MHz e 3,5 GHz, a Ericsson viabilizará toda a cobertura da Usina São Martinho, considerada maior unidade processadora de cana de açúcar do mundo, localizada em Pradópolis (SP). Porém, uma operadora de telecomunicações ainda será definida pelo Grupo São Martinho.

Segundo apurou TELETIME, a previsão é de roll-out até o final deste ano. Como se tratará de licença de teste, as empresas começarão a implantar a solução antes do leilão de 5G.

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"A iniciativa aumentará a velocidade de transformação das fazendas da São Martinho em Smart Farming por meio de conectividade 5G", dizem as empresas no comunicado. A promessa é aumentar a eficiência em processos que requerem alta velocidade de dados e baixa latência, como veículos autônomos como tratores e caminhões, além de drones para controle inteligente de pragas e plantas daninhas, identificação e localização de incêndios em áreas agrícolas. 

Vale lembrar que essa mesma usina em Pradópolis já conta com uma rede privada 4G utilizando bloco de 10 MHz em 2,4 GHz TDD, conforme informou a Anatel. Nesta, a empresa utiliza uma solução não 3GPP do CPQD.

Potencial do agronegócio

Segundo o presidente da Ericsson para o Cone Sul da América Latina, Eduardo Ricotta, apenas 29% das propriedades rurais brasileiras são conectadas, embora o agronegócio corresponda a quase 25% do PIB brasileiro. Assim, justifica, "qualquer benefício gerado a partir dessa parceria entre a Ericsson e a São Martinho terá um forte impacto positivo e apoiará o crescimento da economia brasileira".

"O desenvolvimento da cadeia do agronegócio por inteiro a partir do IoT e com o advento do 5G pode tornar o Brasil ainda mais produtivo do que é atualmente. A demanda global por insumos vegetais, alimentos e proteína irá dobrar até 2050 e o Brasil é o único país grande, com condições favoráveis para aumentar em escala a oferta de alimentos, além de enorme espaço para ganho de produtividade em diferentes etapas da cadeia, tornando-se assim o maior exportador de produtos agrícolas nesta nova década", complementa Ricotta no comunicado.

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