De olho no mercado de Internet das Coisas, a operadora satelital Eutelsat investe em novas estratégias para aproveitar o potencial. A empresa apresentou seu projeto de constelação de nanossatélites de órbita baixa dedicado à tecnologia, o ELO. Além disso, a empresa assinou uma parceria com a rede de comunicação de longo alcance e baixo consumo (LPWA) para IoT, Sigfox, para fornecer conexão por meio da nova rede. Segundo informou a companhia nesta segunda-feira, 30, a plataforma deverá levar cobertura global para objetos poderem transmitir dados independentes da localização.
O sistema ELO terá 25 desses artefatos em escala diminuta, mas um satélite demo deverá lançado já no começo do ano que vem. O teste é fruto de um pedido da Eutelsat à Tyvak International feito no ano passado. Ele deverá confirmar o desempenho técnico de equalização de ondas entre um satélite em órbita baixa (LEO, na sigla em inglês) e objetos em terra.
Os primeiro quatro nanossatélites da ELO serão construídos sob supervisão da Lof Orbital (nos dois primeiros) e Clyde Space (nos dois seguintes). Os lançamentos desses quatro iniciais ocorrerão entre 2020 e 2021, com início da operação comercial do sistema “tão logo entrem em órbita”. Com os resultados positivos dessa primeira etapa, os demais deverão seguir até completar os 25 até 2022.
A Eutelsat diz que o investimento necessário para a constelação já está incluído na previsão de Capex da companhia. Além disso, afirma que o custo associado não para cada satélite não deve exceder um milhão de euros. A companhia explica que a órbita LEO é “particularmente adequada” para processar sinais emitidos por redes IoT, além de fornecer link de satélite ubíquo “sem aumentar o custo ou o consumo de energia desses objetos”.
Parceria
A Eutelsat também assinou parceria com a Sigfox para integrar a rede de comunicações IoT à constelação ELO, permitindo uma infraestrutura para aplicações como transporte marítimo, logística, segurança ou situações de emergência. Assim, a rede de comunicação de longo alcance passará a integrar a cobertura global do sistema de baixa órbita de nanossatélites.
A Eutelsat afirma que o objetivo é “se posicionar como uma potencial parceira de integração IT e operadores terrestres, buscando oferecer a seus clientes cobertura mundial”. No mesmo comunicado, o CEO da operadora satelital, Rodolphe Belmer, diz ainda que o investimento é “relativamente modesto” e “totalmente escalonável”, permitindo acessar uma “potencial alavanca de crescimento adicional no contexto da sua estratégia de conectividade”.