Na aplicação de tecnologias móveis no varejo físico, obter dados com as plataformas como iBeacon, da Apple, e Bluetooth de baixa energia (BLE, na sigla em inglês) demandam não apenas a infraestrutura, mas também aplicação para gerar análise dos dados para o varejista. Para o diretor da Aerohive para a América Latina, Fernando Lobo, é possível fazer gestão de filas, interação com público infantil e gerência de fluxo de pessoas na loja com essas técnicas, mas integração com login social e analytics potencializa as oportunidades. "Tem que separar, infraestrutura não é aplicação, mas aplicação depende da infraestrutura. E se eu não tenho como analisar as informações, para mim não serve de nada", disse ele durante apresentação no Fórum Mobile + nesta terça-feira, 30, em São Paulo.
O diretor da agência Cappuccino Digital, Vítor Elman, explica que o trabalho com as ferramentas de análise de dados em conjunto com as tecnologias de geolocalização é semelhante ao que já se faz no e-commerce. "Consigo fazer promoções para isso, retargeting e conteúdo cruzado, pegando um produto que tenha a ver – por exemplo, uma carne com outro produto (um vinho, ou molho) em outra gôndola", explicou ele durante sua apresentação. "Com essas tecnologias, vamos ter muito mais oportunidades de negócios." Na visão de Elman, é possível, inclusive, empregar técnicas de gamification com o iBeacon. "Não só a cada compra, mas a cada interação. É uma via de mão dupla, eu também posso mandar informações para ele, como posso criar uma espécie de caixinha de sugestões via mobile e online", exemplifica.
