Cerca de 5% da base mundial de celulares não é identificada pelos sistemas de gerenciamento de terminais das operadoras móveis. Mais precisamente: 4% são terminais sem TAC (número de identificação do modelo) e 1% possuem TAC que não consta das listas oficiais de entidades como a GSMA. Acredita-se que a maioria desses 5% de terminais não identificados sejam aparelhos vendidos no mercado paralelo, ou "grey market". Geralmente são telefones falsificados e provenientes de contrabando. Os dados foram apresentados durante palestra de Paulo Vicente Valente, gerente de especificação de terminais da Vivo, no evento MDM Latin America, nesta quarta-feira, 30, no Rio de Janeiro.
Identificar e configurar remotamente os aparelhos que acessam a rede de uma operadora é importante para realizar uma oferta assertiva de serviços de valor adicionado (SVA), assim como para reduzir as chamadas ao call center. "A biblioteca de terminais deve ser mundial e atualizada mensalmente", recomenda Valente. "Além disso, a plataforma precisa ser flexível, permitindo a atualização manual de um ou outro modelo sem a necessidade de esperar uma nova versão do sistema", complementa o executivo.
Manter essa atualização constante não é tarefa fácil para os fornecedores de plataformas de gerenciamento de terminais (MDM, na sigla em inglês). Estima-se que existam mais de 20 mil modelos diferentes de celulares no mundo e mais de 50 mil TACs (os modelos mais populares demandam mais de um TAC). "Para se ter uma ideia, a Anatel homologou 130 modelos diferentes em 2008. É quase um a cada três dias", disse Valente.
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