Oi: começa prazo de um mês para atuais acionistas evitarem diluição

Foto: Divulgação/Oi

Começou nesta sexta-feira, 30, o prazo de um mês para os atuais acionistas da Oi exercerem ou não direitos de preferência no aumento de capital da companhia. O processo que se encerra em 30 de setembro determinará qual fatia os credores (e novos acionistas da tele) vão deter no negócio. 

Por se tratar de aumento de capital via capitalização de créditos, foi assegurada a preferência aos atuais acionistas de subscrição proporcional das novas ações. A data de corte para o direito foi esta última quinta-feira, 29. A partir desta sexta, papéis da empresa já são negociados "ex-direito de subscrição", ou sem a preferência. 

Comunicada no dia 26, a janela para participação no aumento de capital chegou a valorizar os papéis da Oi ao longo desta semana, inclusive com alta de expressivos 12% na quarta, 28. A ação até mesmo ultrapassou o valor de R$ 5,26 por ação definido no aumento de capital. 

Notícias relacionadas

Mas nesta sexta-feira, já houve uma correção, com queda na abertura de 5,8% para a OIBR3. O papel encerrou dia com baixa de 6%, negociado a R$ 4,95. 

Participação

Para aqueles acionistas com o direito de preferência, cada ação ordinária ou preferencial detida na data de corte prevê possibilidade de subscrição de 4,43316362597 novas ações, ao preço de R$ 5,26. Considerando as 264 milhões de novas ações ordinárias previstas na operação, o montante total é de até R$ 1,3 bilhão. 

"No caso dos acionistas que optarem por não exercer o direito de preferência na subscrição das Novas Ações, a diluição potencial resultante do Aumento de Capital será de 80%. Não haverá diluição dos acionistas que exercerem seu direito de preferência sobre todas as ações a que tiverem direito", explicou a diretora de finanças e relações com investidores da Oi, Cristiane Barretto Sales, em fato relevante na segunda-feira, 26.

Assim, se nenhum dos acionistas atuais exercesse o direito de compra, os credores ficariam com o limite de 80% do capital da Oi. Já as importâncias pagas pelos acionistas que aderirem ao aumento serão entregues ao grupo de credores da Oi – que, vale lembrar, toparam a opção I de reestruturação de créditos ao lado da Oi (inclusive com a injeção de recursos)

Hoje, os principais grupos de credores são representados pelas gestoras Pimco, SC Lowy e a Ashmore. A entrada deles como acionistas da Oi foi aprovada pelo Cade e ainda depende do aval da Anatel. Já a adesão dos atuais acionistas no aumento de capital determinará a quantia exata da empresa controlada pelos novos sócios. 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!