Base do pós-pago móvel já é mais de 40% do total no Brasil

Foto: Pixabay.com

A base brasileira de telefonia celular manteve em julho a tendência de queda geral, mas de avanço do LTE. No total, o mercado tinha 234,749 milhões de linhas no Brasil, uma redução de 0,14% no mês e de 3% comparado a julho de 2017. Porém, o grande destaque é a mudança de mix. Segundo dados da Anatel divulgados nesta quinta-feira, 30, 40,01% da base é composta de pós-pagos (e planos controle), ou 93,922 milhões de acessos após um crescimento de 0,79% no mês e de 13,47% em 12 meses. Comparando com o mesmo mês em 2015, a base pós era de 25,39%, ou 71,465 milhões de linhas.

Essa mudança de mix ocorre não apenas pelo avanço do pós, mas porque o pré-pago tem apresentado queda, decorrência da política de desconexões das operadoras e do fim do efeito comunidade após as promoções de ligações ilimitadas off-net, além do próprio avanço dos serviços over-the-top como o WhatsApp. Somente no mês foram 1,064 milhão de desligamentos (queda de 0,75%) de pré-pagos, e de 18,409 milhões em 12 meses (11,56% de redução), totalizando em julho 140,826 milhões de acessos, ou 59,99% da base. Em 2015, essa base pré era de 209,984 milhões de linhas, ou 74,61% do total do serviço móvel pessoal. Confira a evolução no gráfico abaixo.

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As operadoras que mais cresceram no pós-pago em julho foram a Vivo, com 321,7 mil adições, e a TIM, com 179,7 mil novos acessos. Vale ressaltar, porém, que a TIM foi a que mais desligou pré-pagos no mês: foram 488,2 mil desconexões. A Claro, por sua vez, desligou 281,3 mil acessos pré-pagos.

Conforme a própria operadora já divulgou desde junho, a Vivo conta hoje com mais da metade dos acessos em pós, o que garante o maior mix entre as grandes teles. Em julho, a operadora contava com 51,4% de sua base nessa modalidade. A Claro conta com 37,2% de pós, enquanto a TIM tem 34,2%. A Oi, por sua vez, tem 24,7% de pós-pagos. Confira o gráfico abaixo com a proporção de pós-pago e pré-pago das quatro principais operadoras do País.

4G em alta

A base LTE agora representa mais da metade do total brasileiro. Essa tecnologia somou 120,632 milhões de acessos, um crescimento de 2,03% no mês e 43,42% em 12 meses. A novidade em julho foi a contabilização dos dados de 4G da Algar pela primeira vez: a operadora mineira registrou pouco mais de 231 mil acessos. O destaque negativo é da Nextel, que apresentou redução de 2,13% no mês (26,2 mil desligamentos), totalizando 1,206 milhão de acessos.

A Vivo segue na liderança de mercado com 32,68% de participação, total de 39,420 milhões de acessos. Em segundo vem a TIM, com 31,829 milhões de linhas, e 26,39% do mercado. Quem mais cresceu no mês foi a terceira colocada, a Claro, com 2,42% de avanço (659,7 mil adições líquidas), e total de 27,951 milhões de acessos, ou 23,71% do mercado. A Oi manteve sua quarta posição, com 19,993 milhões de conexões e 16,57% de share.

Demais tecnologias

A 3G também manteve firme sua tendência de queda livre, com 2,249 milhões de desligamentos somente entre junho e julho (queda de 3,23%), e um acumulado de 33,922 milhões de desconexões em 12 meses (redução de 33,50%). Essa base WCDMA tem atualmente 67,340 milhões de acessos. Quem mais perdeu no mês foi a Claro, com 773,5 mil desligamentos. A empresa é também a maior base, com 22,493 milhões de linhas, ou 33,40% do mercado de terceira geração. A Nextel foi a única a adicionar linhas 3G no mês: 78,2 mil adições líquidas, total de 1,897 milhão de acessos.

A tecnologia 2G caiu mais em julho do que no mês anterior. Foram 647,4 mil desligamentos, uma redução mensal de 2,33% (e de 30,55% no ano), totalizando 27,118 milhões de linhas. Os terminais de dados (modem e tablet 3G) caíram 1,79% e totalizaram 2,529 milhões de conexões em julho.

Os acessos máquina a máquina (M2M) tiveram avanço tanto na Especial (1,43% no mês e 24,87% no ano) quanto na Padrão (1,10% no Mês e 20,48% no ano). No total, as bases M2M tinham respectivamente 7,781 milhões e 9,346 milhões de linhas.

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