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Zenteno defende 700 MHz para atingir metas de cobertura

Com as promessas do Minicom para um eventual leilão dos 700 MHz, as operadoras começam a pensar em estratégias para abordar a faixa em conjunto com os 2,5 GHz para o LTE. O presidente da Claro, Carlos Zenteno, defendeu durante o Painel Telebrasil, em Brasília, nesta quinta-feira, 30, a utilização das duas frequências de acordo com a necessidade, para atingir as metas de coberturas do 4G mais rapidamente.

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O dividendo digital permite uma atuação mais ampla com menos infraestrutura, o que barateia a faixa. “Teríamos de olhar as próprias condições do leilão de 700 MHz, pois estamos com vontade de completar as frequências necessárias para atingir as metas de cobertura mais facilmente, considerando oferecer vantagens”, afirma. Ele diz que, historicamente, os leilões acabam por impor compromissos adicionais, mas que não seria “muito eficiente colocar uma meta de cobertura se sobrepondo às já existentes”.

Zenteno reclama que as metas do 4G impostas pelo governo já são “muito agressivas e exigentes”, e que a utilização em conjunto das duas faixas permitiria chegar a mais lugares mais rapidamente. Os investimentos poderiam ser acelerados utilizando o 700 MHz. “É melhor para todos, poderemos fazer mais rápido com uma quantidade menor de sites”, explicou. A ideia dele é colocar essa faixa para áreas rurais e mais abertas, enquanto a de 2,5 GHz ficaria para centros urbanos. O executivo alerta, no entanto, para a importância da Lei Geral de Antenas para driblar a regulação restritiva em municípios para a instalação de torres e, assim, poder acelerar a implantação da rede 4G, considerando a meta de cobrir as cidades-sede da Copa das Confederações até abril de 2013.

A indefinição do leilão dessa frequência, entretanto, é um problema para a definição de adoção de terminais compatíveis, segundo ele. Ainda assim, o presidente da Claro se mostra otimista para o começo dos testes com os fornecedores, assim como já tem feito nas cidades de Campos do Jordão (SP), Paraty e Búzios (RJ) com o 2,5 GHz. Para ele, os aparelhos já estariam prontos para ambas as bandas, levando a uma simplificação: “tem de ser tudo 4G”.

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Durante o painel, Carlos Zenteno também defendeu a maior participação das operadoras na oferta de conteúdo. “É um grande desafio para as empresas não serem somente um tubo para o usuário”, disse. O problema é que essas companhias investem em melhorias na infraestrutura de rede, mas não obtêm o retorno no consumo dos clientes de forma otimizada. A Claro, afirma, estaria se esforçando para participar disso, acompanhando fóruns internacionais para discutir um modelo no qual a conta feche.

Uma saída para Zenteno é pensar não apenas no Capex, mas também no Opex: “Precisamos encontrar novas tecnologias e infraestrutura com os fornecedores para suportar essa demanda de tráfego muito grande. Isso tem sido um elemento importante para suportar o crescimento”.  Algumas alavancas, na visão dele, seriam frutos de investimentos de longo prazo.

Uma delas é assegurar a viabilidade de um planejamento contínuo com a estabilidade e previsibilidade proporcionada pelo marco regulatório. “Os capitais estrangeiros que fazem investimento de infraestrutura avaliam muito a certeza que você tem para o futuro”, conta. A operadora tem acompanhado o trabalho próximo à Anatel para, com planejamento conjunto, garantir a segurança jurídica desses planos.

Outra alavanca é a de trabalhar nos impostos. Segundo o executivo da Claro, a desoneração pode motivar e incentivar não só os investimentos na infraestrutura física, sobretudo em áreas que precisam de maior investimento, como no próprio serviço, criando ofertas diferenciadas e ampliando o acesso.

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