Rede privativa do governo tem projeto autorizado com Telebras e RAN sharing

Foto: Pixabay

O Gaispi (grupo presidido pela Anatel que supervisiona parte dos compromissos do leilão 5G de 2021) autorizou em reunião nesta terça-feira, 30, o início do Projeto da Rede Privativa de Comunicação da Administração Pública Federal

O projeto financiado com recursos do leilão 5G visa "aprimorar a segurança e a eficiência das comunicações entre os órgãos federais", por meio da implementação de redes fixa e móvel com altos padrões de segurança e criptografia. 

No caso da rede móvel, a operação da rede será de competência da Telebras, conforme estabelecido pelo Decreto nº 11.299 de 2022. A estatal será responsável pela implementação e operação da rede, utilizando-se de um núcleo LTE próprio e da infraestrutura de acesso de operadoras comerciais, mediante a celebração de acordos de RAN sharing

Notícias relacionadas

"O modelo proposto, além de garantir a adequada gestão da rede, garantirá a sustentabilidade do projeto", afirmou a Anatel, em comunicado onde detalhou a aprovação. A Rede Móvel Privativa será implantada no Distrito Federal, mas com possibilidade de expansão para todo o território nacional. Veja abaixo detalhes sobre a topologia do projeto. 

018c0b5c de11 48bc b3cc ce29699ad020 jpeg
Fonte: Anatel

 

Órgãos de segurança

A agência classificou a infraestrutura privativa móvel como "crucial para a interoperabilidade entre as redes legadas de órgãos de segurança pública e de resposta a emergências". 

"Atualmente, cada órgão possui uma rede própria para comunicação entre seus agentes, com uso de diferentes tecnologias como POL, TETRAPOL e P25, não sendo possível a comunicação entre forças de segurança. A Rede Móvel Privativa concretizará o objetivo proposto pelo projeto do Sistema Nacional de Comunicações Críticas (SISNACC), que buscava a integração de diversas entidades governamentais pelo uso do Sistema de Radiocomunicação Digital Troncalizado (SRDT) do Exército Brasileiro", afirmou a Anatel. 

Esta integração deverá começar ainda na primeira fase do projeto e pode ser especialmente relevante em situações de calamidade e desastres, nas quais diversos órgãos são acionados, como Defesa Civil, bombeiros e forças policiais. Em paralelo, poderá ser habilitado o acesso a aplicações de vídeo e dados, bodycams, imagens de drones e geolocalização.

Já em um segundo momento, com a implantação plena da rede LTE, será disponibilizado o acesso aos agentes de segurança a funcionalidades que se utilizam de altas taxas de transmissão e baixas latências. Esta segunda fase permitirá, ainda, a redução de custos e a potencial ampliação de cobertura, projeta a Anatel.

Rede fixa

Em paralelo, o projeto da rede privativa do governo ainda prevê uma rede fixa. Ela será composta por 6.500 pontos de atendimento distribuídos pelas 27 capitais do País, utilizando tecnologia de fibra óptica e criptografia fim-a-fim para comunicação entre diversos órgãos públicos federais. 

"Este segmento fixo complementará as redes de governo já existentes, proporcionando maior robustez e segurança nas atividades diárias dos órgãos", prometeu a Anatel, sem entrar em maiores detalhes sobre especificidades do projeto. 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!