A proposta orçamentária apresentada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) para o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) prevê o valor de R$ 23,03 bilhões para investimentos no desenvolvimento da tecnologia ano Brasil.
O Plano será entregue ao presidente Lula na abertura da 5ª Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia nesta terça-feira, 30.
Na apresentação feita durante a reunião do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT), que aconteceu nesta segunda-feira, 29, MCTI aponta que os investimentos serão feitos em seis grandes áreas:
- Ações de Impacto Imediato – R$ 435,04 milhões
- Infraestrutura e Desenvolvimento de IA – R$ 5,79 bilhões
- Difusão, Formação e Capacitação em IA – R$ 1,15 bilhões
- IA para Melhoria dos Serviços Públicos – R$ 1,76 bilhão
- IA para Inovação Empresarial – R$ 13,79 bilhão
- Apoio ao Processo Regulatório e de Governança da IA – R$ 103,25 milhões
As fontes dos recursos variam, mas a maior delas seriam via BNDES, que operacionalizará recursos da Finep e FNDCT no montante de R$ 12,72 bilhões. O FNDCT também disponibilizará R$ 5,57 bilhões na forma de recursos não-reembolsável.
No eixo Infraestrutura e Desenvolvimento de IA, que tem destinados R$ 5,79 bilhões, está prevista a construção de redes de conexão de alta velocidade para supercomputação. A ideia é ampliar o acesso a supercomputadores, com investimentos em equipamentos de entrada e conexão, com uma conexão em rede que interligue todos os centros de supercomputação com redes de alta velocidade até 2028. Para esta iniciativa, está destinado o valor de R$ 52,4 milhões de recursos vindos do FNDCT na forma não reembolsável e Petrobras.
O eixo 4, que focará no desenvolvimento de Inteligência Artificial para Inovação Empresarial, e que tem o maior orçamento (R$ 13,79 bilhão), tem como destaques o desenvolvimento de soluções de IA para desafios da indústria brasileira, focando no aumento da produtividade e na estruturação e fortalecimento da cadeia produtiva de IA no Brasil.
Também será um dos destaques deste eixo o estabelecimento de datacenters "verdes" de alta capacidade, alimentados por energias renováveis e otimizados para uso sustentável de recursos hídricos e o fomento e aceleração de startups especializadas em IA.