O satélite Star One D2 da Embratel (parte do grupo Claro) foi colocado em órbita nesta sexta-feira, 30, após lançamento realizado pela Arianespace a partir do Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa.
O artefato subiu ao espaço na missão VA254 do foguete Arianespace 5, que decolou às 18h no horário de Brasília carregando também o satélite Eutelsat Quantum. O veículo se separou do resto do lançador dois minutos e 23 segundos depois do lançamento; por volta das 18h58, a Arianespace já declarava o sucesso da missão.
No entanto, ainda existem etapas críticas e importantes até que o satélite esteja plenamente operacional. Primeiro, há o posicionamento na órbita definitiva, a abertura dos painéis solares e os testes operacionais.
O novo satélite geoestacionário da Embratel ficará a 36 mil km de altitude. O D2 tem potência de 19,3 KW, pesa sete toneladas e vai ocupar a posição orbital de 70° W. O artefato ainda é equipado com 28 transponders (receptores e transmissores de sinais) em banda C, 24 transponders em banda Ku e payloads em banda Ka e banda X.
Operação
Segundo comunicado da Embratel, o satélite deve entrar em operação comercial a partir de outubro.
A empresa destaca que a banda Ku poderá ser utilizada especialmente para atendimento do parque brasileiro de antenas parabólicas durante a migração de sinais de TVRO (como consequência da utilização do 3,5 GHz no 5G), além de colaborar na transmissão de sinais da TV por assinatura e na oferta de dados para governos e empresas.
A banda C, por sua vez, garantirá a manutenção e distribuição de sinais para afiliadas de emissoras de TV no segmento de broadcast, também complementando ofertas de dados, vídeos e Internet.
Já a banda X será voltada para uso governamental e militar, ao passo que banda Ka será utilizada na ampliação de backhaul de telefonia celular, melhorando a performance de aplicações de dados, vídeo e Internet do mercado empresarial, com destaque para a região Norte do Brasil e a fronteira agrícola.
Em comunicado, a empresa afirmou que os serviços do Star One D2 já podem ser contratados por empresas e órgãos do governo, com entregas a partir do início da operação comercial.
Em aparição em vídeo na cerimônia de lançamento, o presidente da Claro, José Félix afirmou que "satélites vão continuar a ser uma parte importante da infraestrutura e do negócio" do grupo. Em comunicado, o executivo também lembrou que o D2 é o maior satélite já construído pela empresa.
Já o CEO da Arianespace, Stéphane Israel, destacou a parceria de longo prazo com a Embratel; a lançadora francesa colocou em órbita todos os satélites da empresa brasileira desde 1985.
A responsável pela construção do D2 foi a fabricante norte-americana Maxar, que manufaturou o produto em Palo Alto (EUA). A empresa atua no desenvolvimento do projeto ao lado da Embratel desde 2017.
Em órbita, o satélite será monitorado a partir do Centro de Operações da Embratel em Guaratiba (RJ). O Star One D2 complementa a frota da Embratel composta por cinco satélites em órbita geoestacionária: Star One D1, C1, C2, C3 e C4.
Quantum
Companheiro de viagem do D2, o Eutelsat Quantum foi desenvolvido no âmbito de uma parceria público-privada entre a Agência Espacial Europeia (ESA), a Eutelsat e a Airbus Defence & Space. Ele será usado na Europa, Ásia Ocidental e Oriente Médio.
Usando um design baseado em software e proposta de flexibilidade para diferentes casos de uso, o artefato opera em banda Ku com oito feixes reconfiguráveis independentes com possibilidade de reconfiguração de órbita.
A missão que colocou o Quantum e o D2 em órbita foi a sexta da Arianespace em 2021 e a 110ª do lançador descartável Arianespace 5a partir da Guiana Francesa.
Poderia mim informa quando o d4 ficará no lugar do c2 ou já tá em seu lugar não veio diferença ainda Obrigado se mim informar uma boa noite
Oi Francisco, boa tarde, vi sua pergunta sem resposta, e vai minha visão até agora de tudo, não há D4, houve o lançamento do D2, o D2 ocupará a mesma posição do C2, certamente no futuro próximo eles deslocarão o C2 para uma posição conhecida como cemitério, 65W, e com o D2 entrando na mesma posição do C2, e operando com Banda C e Banda KU, quem possui antenas parabolicas com LNBF Banda C não sentirá nenhuma diferença, porque embora o Satélite seja outro, ele continua operando 28 canais de Banda C, provavelmente a partir de 15/10/2021 voce deve ter percebido uma melhora do sinal, pois o novo Satélite possui mais potencia de transmissão que o C2. Se no futuro eles desligarem as transmissões da Banda C do D2, então voce precisará trocar seu LNBF para um de Banda KU, e seu receptor para um que consiga operar com LNBF Banda KU, a antena poderá ser aproveitada, hoje já temos no mercado receptores que operam com LNBF´s da Banda C e da Banda KU no mesmo receptor.