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Rede neutra da TIM começará a receber ofertas não vinculantes em setembro

Foto: Pexels

Já anunciada no plano industrial do triênio 2020-2022, a separação de parte da infraestrutura de fibra da TIM para a criação de um novo veículo (spin-off) de rede neutra ainda está totalmente aberta a receber interessados na parceria. A operadora está assinando contratos sigilosos (NDAs) e espera começar a receber ofertas não vinculantes no começo de setembro, tendo projetos assinados até o final do ano. Embora ainda não saiba qual o melhor tipo de parceiro para o spin-off da infraestrutura de fibra, a tele não mostra preocupação com questões regulatórias

“Estamos trabalhando nas definições finais, provavelmente [o modelo de negócios] vai se dar com remuneração fixa e variável”, declara o CFO da TIM, Adrian Calaza, durante teleconferência de resultado financeiro nesta quinta, 30. Ele diz que não há nenhum perfil de parceiro ideal para o spin-off, e por isso a operadora se mostra aberta para todo tipo de proposta no momento atual, até que o projeto comece a tomar maior definição ao final do terceiro trimestre. “Podemos ter ofertas não vinculantes no começo de setembro, e depois é que vamos discutir qual tipo de parceiro queremos“, diz. 

O executivo afirma ter recebido interesse de outras operadoras, bem como fundos de investimento em infraestrutura. “Provavelmente, após setembro, teremos uma lista mais curta com diferentes tipos de parceiros. Nesse momento, vamos ver se buscaremos ter maior retorno ou menor custo”.

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Nem tão neutra

Porém, o spin-off da TIM não tem a mesma proposta da InfraCo, unidade produtiva isolada (UPI) que a Oi propõe colocar à venda em separação estrutural – e que a TIM afirma não estar interessada. Conforme explica Calaza, a rede “não é exatamente neutra”, uma vez que o uso da rede estará dentro da estratégia de necessidades da operadora. “Depois de um período de exclusividade, a rede pode ser aberta, mas é diferente de ser neutra“, diz.

O projeto vai incluir instalações dos consumidores novos de última milha, incluindo em FTTH, mas a operadora considera também colocar a rede de fibra até antenas (FTTS) e até cidades (FTTCity). Calaza explica que isso é uma possibilidade para os próximos cinco anos. “Basicamente, é a rede que hoje é estritamente dedicada à TIM Live, não incluímos outros ativos. O que vamos definir nas próximas semanas é se o veículo implantará FTTS ou FTTCity, mas sempre em ‘greenfield’ [mercado ainda virgem]. Não vamos incluir no veículo nossos FTTH já ativos.”

Regulatório

A TIM pormenoriza a possibilidade de problemas regulatórios com eventuais parcerias – a estratégia de rede neutra também está sendo adotada pela Vivo, Oi e outros players menores, como American Tower. “Em geral, o compartilhamento de infraestrutura é uma política pública muito bem estabelecida, pois o País precisa desenvolver a conectividade. Historicamente, do ponto de vista regulatório, a fibra é chave e muito levemente regulada, justamente para ter grandes investimentos”, analisa o vice-presidente de assuntos regulatórios e institucionais da TIM, Mario Girasole. “Achamos que estamos perfeitamente alinhados com as políticas públicas e regulatórias.”

CEO da TIM, Pietro Labriola diz que essa estratégia no mercado brasileiro não é um tiro no escuro. “Está mais relacionado com as conveniências financeiras em ter duas ou três redes, porque todo mundo está querendo ir para a rede neutra”, afirma. “Ninguém está indo em situação completamente ‘greenfield’, sem a garantia de pelo menos uma operadora querendo ser cliente. Então este é o entendimento de tentar construir esse veículo”, conta. 

Adrian Calaza adiciona que ainda há muito espaço para infraestrutura no País, mencionando a baixa penetração de conexões acima de 34 Mbps (considerados “ultra banda larga” pela Anatel). “Temos muita coisa a fazer em termos de infraestrutura, tem várias oportunidades diferentes.”

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