ABTA e Neotec dizem que Anatel decretou o fim do MMDS

Os operadores de MMDS não estão nem um pouco satisfeitos com os termos definidos pelo conselho diretor da Anatel para o futuro do serviço. Consideram que, da forma como será colocado na consulta pública, com uma redução gradual de espectro para 70 MHz em 2012 e depois para 50 MHz em 2015, a agência tirou o serviço do jogo do triple play e inviabilizou completamente a sua exploração quer seja para o serviço de vídeo, seja para o serviço de banda larga.
"A Anatel está propondo o pior caminho possível, sem dar nenhuma perspectiva para o serviço", diz Alexandre Annenberg, presidente da ABTA. Para Carlos André Lins de Albuquerque, presidente da Neotec (associação que representa os operadores de MMDS em questões de tecnologia), "a Anatel ou quer acabar com o MMDS ou errou as contas". Ele explica que nenhuma empresa fará investimentos considerando segurança jurídica para mais de 50 MHz. "É isso, na prática, o que se tem garantido com essa proposta, pois 70 MHz é apenas por dois anos, e ninguém investe em algo que dura apenas dois anos". Pelas contas de Carlos André, em 50 MHz são possíveis apenas 48 canais de vídeo em qualidade digital padrão (SD), ou no máximo 30 em alta definição (HD). "O MMDS compete com o cabo e com o DTH, que têm capacidade muito maior, e competirá com a fibra, que oferece ainda mais". Seria impossível oferecer o serviço de TV paga (obrigatório) e ainda oferecer banda larga. "Até hoje, a insegurança jurídica segurou o desenvolvimento do MMDS. A tendência é que isso só piore com essa decisão", disse o representante da associação. As empresas e associações aguardam os termos exatos da consulta pública para saber o que poderá ser feito, mas lamentam que a Anatel tenha decidido apenas por uma pequena faixa.

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