Procurador levanta suspeitas sobre fundos do Opportunity

Em depoimento à CPI mista do Banestado nesta quarta, 30, o procurador da República Luiz Francisco de Souza disse aos senadores e deputados que integram a comissão que o Ministério Público Federal e a Polícia Federal investigam a hipótese de que parte dos recursos enviados irregularmente ao exterior pelas contas CC-5 tenha retornado, também de forma irregular, para as privatizações das empresas estatais no Brasil. O procurador citou nominalmente os fundos off-shore do Opportunity que fizeram investimentos na privatização da Vale do Rio Doce e do Sistema Telebrás. Estes fundos, disse o procurador aos membros da CPI, são registrados como fundos Anexo IV e, portanto, não podem ter investidores residentes no Brasil. A investigação do Ministério Público e da Polícia Federal aponta que parte dos recursos de pessoas residentes no Brasil enviados irregularmente via CC-5 retornaram por estes fundos Anexo IV.
Luiz Francisco de Souza lembrou ainda que fundos Anexo IV não podem participar do controle de empresas no Brasil, como aconteceu com os fundos Opportunity após a privatização.
Vale lembrar que o procurador também encaminhou, no início do ano, um parecer à Controladoria Geral da União (CGU) alertando justamente para o fato de que os fundos Anexo IV, inclusive os do Opportunity (Opportunity Fund e CVC Opportunity Equity Partners LP), não podem participar de controle de empresas.

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Já a relação entre os fundos do Opportunity e as contas investigadas na CPI do Banestado aparece em reportagem da revista IstoÉ de 13 de julho.

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