Starlink é favorita nas casas, mas Hughes domina 59% do B2B no Brasil

Imagem: Starlink

Nenhuma operadora de Internet via satélite tem tantos clientes no Brasil quanto a Starlink. A empresa de Elon Musk tem 372 mil assinaturas ativas no País. Mas, quando o assunto é atender o segmento corporativo, a companhia americana ainda está atrás. Hoje, o 1º lugar é ocupado pela Hughesnet, que soma 86,8 mil contratos ativos — ou 59,2% de todos os acessos B2B por satélite no mercado doméstico.

Os dados são referentes ao mês de abril e foram levantados pelo TELETIME a partir do painel público de acessos da Anatel, que consolida as informações das operadoras de telecom que atuam no Brasil. No período analisado, o País registrou 607 mil acessos de Internet banda larga via satélite. Desse total, 24,17% (146 mil) foram de pessoas jurídicas.

Gráfico mostrando os maiores provedores de Internet via satélite do Brasil em abril de 2025, por modalidade de contrato. Hugues ganha em PJ e Starlink ganha em PF
Arte: Danilo Paulo/Teletime
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A Claro Brasil e a estatal Telebras são exemplos de firmas que só comercializam Internet via satélite no ambiente corporativo. Cada uma dessas empresas tem cerca de 15 mil contratos PJs para esses serviços. Enquanto isso, a Starlink tem 9,6 mil – um número pequeno diante das mais de 362 mil assinaturas em funcionamento que a empresa de Musk tem com pessoas físicas.

Informalidade

Apesar do número reduzido de contratos ativos com pessoas jurídicas no Brasil (apenas 2,6% da base de acessos da Starlink), isso não significa que a presença da operadora no segmento corporativo seja irrelevante.

Há a possibilidade de que os dados reportados à Anatel possam não refletir completamente a realidade. Isso porque muitos clientes contratam o serviço como pessoa física, mas utilizam a antena em pequenos comércios, como mercadinhos, restaurantes ou outros negócios familiares informais que não possuem CNPJ.

Antena da Hughes, concorrente da Starlink
Antena da HughesNet instalada no Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná. Imagem: Danilo Paulo/Teletime

Evolução do mercado

TELETIME já mostrou anteriormente o impacto que a chegada da Starlink causou no mercado brasileiro de satélites. Antes da operadora de Elon Musk desembarcar no País, era a Hughesnet que liderava a oferta desse tipo de serviço. No entanto, a popularidade da empresa vem caindo trimestre após trimestre.

Gráfico com a evolução do mercado de banda larga via satélite no Brasil (Pessoas físicas + pessoas jurídicas)
Arte: Danilo Paulo/Teletime

Em abril de 2023, por exemplo, a Hughes detinha 65,2% do mercado nacional — 196 mil acessos, somando consumidores residenciais e corporativos. Naquela época, a então recém-chegada Starlink ainda beirava os 9% de participação, com 26 mil assinaturas ativas.

Exatamente dois anos depois, esse cenário mudou. A Starlink atingiu 372 mil acessos (61,3% do market share), enquanto a Hughes fechou abril de 2025 com 165 mil clientes totais ativos, com uma fatia de mercado na casa dos 27,2%. 

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