Empresas se mantêm céticas sobre fabricar chips no Brasil

Enquanto o governo tenta negociar com a iniciativa privada a inserção do Brasil no reservado grupo de nações produtoras de alta tecnologia, grupos internacionais da área de semicondutores, como as fabricantes de processadores Nvidia, ARM e Qualcomm, demonstram ceticismo quanto à implantação de projetos para esta área no curto prazo.
Ainda que mantenham o assunto em análise, as três companhias disseram que a ideia de desenvolvimento de chips sofisticados em território brasileiro precisa de amadurecimento e investimentos do governo. "Quando tiver uma forte consolidação de questões internas como a formação de engenheiros e uma melhora no sistema de escoamento da produção, aí sim o governo poderá trazer os fabricantes e mirar o mercado externo", disse o representante da ARM na América do Sul, José Antônio Scodiero.
O diretor-geral da Nvidia no Brasil, Richard Cameron, disse que ainda vê muitas barreiras a serem derrubadas pelo País antes de se projetar os investimentos na fabricação de semicondutores em solo brasileiro. "Por ora, estamos apenas analisando, sem planos e sem prazos", comentou.

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Segundo ele, os países que hoje têm produção de chips em larga escala mantém aportes em pesquisa e desenvolvimento há décadas. "Se tivéssemos investido na formação de pessoas qualificadas para esta área há 30 anos, hoje teríamos condições de fazer isso de maneira mais simples."
Desenvolvimento
Na visão de Scodiero, o caminho para o Brasil marcar posição neste segmento pode ser o desenvolvimento da área de design de chips, porque "é uma parte que não envolve grandes investimentos e que o País já tem projetos nesta área", disse.
De acordo com o representante da ARM, a empresa já mantém parceria com o projeto de microeletrônica CI-Brasil, ligado ao ministério da Ciência e Tecnologia. "Observamos este projeto há um ano e consideramos trocar experiências com alguns dos projetos deles."

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