Dual SIM é fenômeno na Ásia e começa a avançar pela África, informa Nokia

A moda dos aparelhos com duas entradas para chips, também conhecidos como dual SIMcard, não fazem sucesso apenas no Brasil. Segundo a vice-presidente de marketing da unidade de telefones móveis da Nokia, Blanca Juti, esse tipo de aparelho virou febre na Ásia, especialmente na Índia, e está chegando agora à África. Na América Latina, a moda está mais concentrada no Brasil, afirma. "Na Índia, 70% dos telefones vendidos na faixa entre US$ 30 e US$ 35 são dual SIMcard. Percebemos que se não entrássemos nesse jogo perderíamos uma grande parcela do mercado", relata Blanca.
Entre as razões para esse interesse dos consumidores, a executiva lista as seguintes: redução de custos quando em roaming nacional; redução de custos para chamadas on net; procura por melhor cobertura de sinal; e separação entre chamadas pessoais e profissionais.
Os primeiros modelos dual SIMcard da Nokia foram lançados recentemente, com mais de um ano de atraso em relação à concorrência. Questionada sobre a demora, a executiva justifica: "Houve muitas razões. Uma delas é que temos um forte relacionamento com nossas operadoras parceiras e a maioria não tinha interesse em dual SIM." Blanca informa que não está nos planos da Nokia no momento desenvolver modelos com três ou mais entradas. Em vez disso, a empresa aposta na facilidade da troca de SIMcards: seus aparelhos possuem uma entrada externa que permite mudar o chip sem ter que desligar o telefone.

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Outra tendência verificada pela executiva em suas viagens por países emergentes é o interesse dos indianos pelo serviço de vídeo-chamada, que na Índia começa a ser oferecido com interoperabilidade entre as teles, ao contrário do Brasil, onde nunca decolou. "Na Índia, quando visito um vilarejo, as pessoas dizem que querem vídeo-chamadas. Se os jovens começarem a usar, vai deslanchar. Mas depende de as redes funcionarem bem", comentou.
A unidade de telefones móveis da qual Blanca faz parte é responsável por terminais vendidos a preços de até 100 euros. Acima desse valor, os produtos são desenvolvidos pela unidade de smart devices.

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