Modelo de "flat fee" não é sustentável a longo prazo

A cobrança do serviço de banda larga móvel por um preço fixo mensal (flat fee) com uso ilimitado como fazem hoje as operadoras brasileiras não é sustentável a longo prazo. A afirmação é do analista sênior do Yankee Group Julio Puschel. Para ele, a oferta de uma "flat fee" faz sentido no lançamento do serviço, para incentivar os consumidores a testar, mas deve ser trocado com o passar do tempo. A tendência, na sua opinião, é de que haja uma queda na receita média por usuário (ARPU) de dados no futuro, especialmente se houver guerra de preços entre as operadoras. O risco é que o serviço de banda larga móvel se torne uma commodity, como aconteceu com voz.
O Yankee Group realizou uma pesquisa sobre o assunto com operadoras do mundo inteiro que apontaram dois principais caminhos para solucionar o futuro problema. Uma das saídas, segundo 56% dos entrevistados, seria subsidiar o serviço de banda larga móvel com publicidade. A outra possibilidade levantada por quase metade dos entrevistados seria criar ofertas premium de banda larga móvel, em que o assinante teria preferência no tráfego de dados quando estivesse conectado a uma ERB sobrecarregada com vários usuários simultâneos. Puschel participou nesta terça-feira, 30, do seminário AmericasCom, no Rio de Janeiro.

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