A operadora de satélites SES anunciou nesta quarta-feira, 30, os resultados do primeiro trimestre de 2025. Mesmo com crescimento expressivo nos negócios de rede, a empresa registrou uma queda ligeira de 0,5% na receita total, para 509 milhões de euros nos três primeiros meses do ano.
Confira os principais destaques dos números:
- Unidade de redes teve receita de 302 milhões de euros (+8,4%), representando cerca de 60% das receitas;
- Unidade de mídia teve recuo nas receitas, para 206 milhões de euros (-10,6%);
- Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 280 milhões de euros (+2%).
- Lucro líquido ajustado teve queda no primeiro trimestre (-45,7%), para 42 milhões de euros;
- 360 milhões de euros em novos negócios e renovações contratuais.
No balanço apresentado pela companhia, o CEO da operadora, Adel Al-Saleh, destacou o "forte desempenho" em redes (+8,4%), que representa cerca de 60% das receitas, impulsionado pelos setores governamental e de mobilidade. Entre janeiro e março, a receita de redes somou 302 milhões de euros, o que inclui avanços expressivos das áreas governamental (+13,1%) e de mobilidade (+8,5%).
"Apresentamos um bom desempenho no primeiro trimestre, o que continua a reforçar que nossa estratégia evoluída está gerando resultados operacionais e financeiros positivos, levando a um início sólido de ano. Continuamos a manter o impulso comercial em toda a empresa, reafirmando nossas projeções financeiras para o ano fiscal de 2025", disse ele.
O Ebitda (Lucros antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) ajustado ficou em 280 milhões de euros (+2%), refletindo os efeitos da receita periódica, a realocação de custos e vendas de equipamentos com margens menores.
Por outro lado, o lucro líquido ajustado teve uma queda expressiva no primeiro trimestre (-45,7%), somando 42 milhões de euros. O resultado é atrelado a maior depreciação e amortização e a aumento de custos financeiros de 15 milhões de euros – algo parcialmente compensando pelo maior Ebitda ajustado e menor despesa com Imposto de Renda (IR).
Próximos passos
Entre outros pontos importantes do balanço, a SES ressalta ter conseguido garantir 360 milhões de euros em novos negócios e renovações contratuais para apoiar seu crescimento futuro.
Nas novas avenidas de crescimento, constam uma carteira ampliada de oportunidades no setor governamental, conquistas "significativas" por parte de parceiros no setor aéreo — como a Uzbekistan Airways e a cooperação estendida com a Thai Airways — e avanços no segmento de mídia, inclusive com a Mileto (nova dona da Oi TV) no Brasil e com a Associação de Tenistas Profissionais (ATP) a nível global.
Ainda assim, a unidade de mídia teve recuo de 10,6% nas receitas, para 206 milhões de euros, devido à otimização de capacidade em mercados maduros, desligamento de canais SD e processo de bankruptcy de um cliente no Brasil, em possível menção ao processo de recuperação judicial da Oi.
mPower
A empresa também destacou um começo de ano "sólido", com os satélites mPOWER 7 e 8 impulsionando a capacidade e resiliência de sua rede a partir de maio. "Estamos no caminho certo para entregar um forte desempenho operacional com aceleração na receita do segmento de redes, de modo a cumprir nossas metas financeiras para o ano fiscal de 2025. A aquisição da Intelsat está progredindo bem e segue com conclusão prevista para o segundo semestre de 2025", diz o CEO da SES.
No caso específico da compra da Intelsat, a SES planeja resgatar cerca de US$ 2 bilhões em títulos seniores garantidos emitidos pela Intelsat Jackson Holdings, com vencimento para 2030. O movimento será realizado de forma parcial, no fechamento, e parcialmente com compras no mercado secundário, antes do fechamento. O movimento abre espaço para novas aquisições após a conclusão da operação.
