Em Assembleia Geral Ordinária (AGO) e Extraordinária (AGE) realizada na última terça-feira, 29, acionistas da Oi aprovaram uma nova formação para o conselho fiscal da operadora e valores máximos de remuneração para a administração da companhia até 2027.
O procedimento reuniu 50,2% do capital votante da tele. Devido ao quórum abaixo dos dois terços do capital social, a reforma e a consolidação do estatuto da Oi (um dos itens que constava na pauta) não chegou a ser votada.
Outros itens, por sua vez, foram aprovados. Entre eles, a fixação da verba global máxima para remuneração dos administradores e conselho fiscal no triênio 2025-2027. Como apontado por TELETIME, a proposta da Oi previa até R$ 199 milhões nos três anos (cerca de R$ 66 milhões por ano), caso todas as metas estabelecidas pela empresa sejam atingidas.
Tais valores são repartidos em até R$ 151,4 milhões para o conselho de administração no triênio e até R$ 45,6 milhões para a diretoria estatutária. Já para o conselho fiscal foram aprovados R$ 660 mil em remuneração, referentes apenas ao ano de 2025; segundo a companhia, este é o mínimo previsto pela lei.
Ainda, em votação extraordinária, acionistas aprovaram uma rerratificação da verba global anual de remuneração em 2024. O valor previsto para o ano passado é de R$ 58,7 milhões para administradores e conselho fiscal.
Conselho Fiscal
Uma nova formação do conselho fiscal da Oi também foi eleita na AGO. Gustavo Santos Raposo e Fernando Dal-Ri Murcia foram escolhidos na votação majoritária, enquanto Cristiane do Amaral Mendonça foi eleita em votação separada pelos titulares
de ações preferenciais.
Dos três, Mendonça é a única que já fazia parte do conselho fiscal, cuja nova formação terá mandato até a AGO de 2026 da Oi. Também foram eleitos suplentes para os cargos: Wiliam da Cruz Leal, Marco Antonio Mayer Foletto e Eduardo Ramos da Silva, sendo este último eleito pelos acionistas preferencialistas.
Contas e destinação
Na AGO ainda foram aprovadas as contas dos administradores e as demonstrações financeiras da Oi relativas ao exercício social de 2024, após esclarecimentos prestados pela companhia diante da manifestação de determinados acionistas.
Também foi decidida a destinação do resultado do exercício social de 2024, quando a empresa apontou lucro contábil de R$ 9,610 bilhões. Foi aprovado o registro deste valor para reversão na conta de prejuízos acumulados da companhia.