AEB escolhe empresas dos EUA e Canadá para lançamentos em Alcântara

Base de lançamento de foguetes em Alcântara, no Maranhão. Foto: AEB

Uma empresa do Canadá e três dos EUA (incluindo a Virgin Orbit) foram selecionadas pela Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Força Aérea Brasileira (FAB) para realização de lançamentos de veículos espaciais no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão.

A escolha foi resultado de um chamamento público lançado em 2020 para interessados na operação do centro. Agora, as norte-americanas Hyperion, Orion AST e Virgin Orbit, além da canadense C6 Launch, seguem para a fase de negociação contratual junto à Aeronáutica. O nome das empresas foi anunciado em solenidade na última quarta-feira, 28.

Segundo a Agência Brasil, a Hyperion deve operar o sistema de plataforma de veículo lançador de satélites (VLS). À Orion Ast caberá a atuação no lançador suborbital, enquanto a C6 Launch foi escolhida para operar a área do perfilador (que também é um ponto de lançamento).

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Já a Virgin Orbit será responsável pelo espaçoporto, utilizando a infraestrutura de Alcântara para lançamentos. O uso do sistema LauncherOne da empresa (que utiliza aeronaves 747 personalizadas como plataforma de lançamento reutilizável) está previsto na empreitada.

"O primeiro voo da LauncherOne saindo da instalação transformaria Alcântara no segundo espaçoporto de classe orbital em toda a América do Sul, e apenas o quinto em todo o Hemisfério Sul", afirmou a empresa do bilionário Richard Branson, em comunicado.

Datas

A Virgin também projetou que "lançamentos em uma ampla gama de inclinações orbitais podem se tornar rapidamente possíveis sem a necessidade de uma nova infraestrutura permanente nem a expansão das instalações existentes" no centro maranhense.

A expectativa do governo é que as primeiras operações de lançamento tenham início em 2022. No momento, um segundo chamamento público para atuação na Área 4 do Centro Espacial ainda está em andamento (desde 16 de abril).

A estratégia federal para reativação do CLA passou pela aprovação, no Congresso Nacional, de um Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) com os EUA. O AST permite que equipamentos contendo componentes americanos sejam lançados no Brasil, com garantias de proteção da tecnologia estrangeira.

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