Base de celular volta a cair com desempenho negativo do pré-pago em março

Foto: Pixabay

A base brasileira de celular voltou a mostrar queda em março, após dois meses seguidos de aumento. Foram 847,6 mil desligamentos, uma redução de 0,37%, totalizando assim 226,280 milhões de acessos. Tirando os meses de dezembro, quando as operadoras tradicionalmente fazem limpeza de base, é a maior queda desde novembro de 2018

Segundo os dados da Anatel, esse desempenho se deu por conta da redução da base do pré-pago – também a maior desde novembro de 2018, desconsiderando-se dezembro, o tradicional mês de limpeza de base. Foram 1,508 milhões de desligamentos ao final do primeiro trimestre de 2020, uma queda de 1,30%. Apesar de expressivo, o ritmo está dentro da normalidade – ainda que seja efeito de possível impacto dos efeitos econômicos da pandemia do coronavírus (covid-19).

Assim, com aumento de 0,48 ponto percentual, a base pós-paga do Brasil chegou a 49,49% do total do mercado (111,985 milhões de acessos), encostando cada vez mais no pré-pago (50,51%, ou 114,295 milhões de linhas). Caso mantenha o ritmo, seria provável que entre maio e junho o pós-pago fosse maioria dos celulares no País, ainda que contabilizando também os planos do tipo controle. Com tantas variáveis por conta do impacto econômico do coronavírus, contudo, essa previsão provavelmente precisará ser revista. 

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A TIM teve uma queda de mais de 1,2 milhão de acessos pré-pagos no período, enquanto adicionou 159,8 mil linhas pós-pagas. Ainda assim, o mix da empresa é composto por 59% de pré-pagos e 41% de pós-pagos. Quem mais adicionou pós-pago em março foi a Claro, com 351,4 mil acessos a mais, e um mix de 51,4% (que subiria para 54,3% considerando a Nextel). Confira a proporção das principais operadoras abaixo.

Considerando somente o 4G, a tecnologia da maior parte dos celulares nas mãos dos brasileiros em março, ainda há uma presença mais forte do pré-pago, com 53% da base total. Novamente, a TIM se destacou: foi a que mais desligou celular pré-pago 4G, com redução de 1,16%. Claro (1,03%), Oi (1,04%) e Vivo (0,91%) apresentaram crescimento nesse segmento. 

LTE

Mais uma vez, as duas tecnologias que mostram crescimento são 4G e a conexão máquina-à-máquina (M2M). No caso do LTE, o mercado voltou ao ritmo de um milhão de adições líquidas mensais – no caso, 1,104 milhão, ou 0,71% de aumento. Assim, a quarta geração acumulava 157,576 milhões de acessos, o que representa cerca de 62% do total do mercado de celular no País.

Entre os grupos, apenas a TIM mostrou redução de base 4G em março, com redução de 0,13% e  um total de 39,039 milhões de acessos. A Claro, por sua vez, teve a maior adição líquida (503,4 mil, ou 1,36% de crescimento), ficando com 37,433 milhões de acessos. Contabilizando com a base de 3,392 milhões da Nextel (apesar da fusão, empresas ainda são contabilizadas separadamente), a operadora do grupo América Móvil contabilizaria 40,826 milhões de linhas, passando a TIM no segundo lugar do mercado. 

A Vivo ainda é a líder isolada, com 50,208 milhões de acessos após aumento de 0,69%. A Oi é a quarta colocada, com 25,410 milhões de chips, avanço de 1,02%. A mineira Algar teve o maior crescimento proporcional (2,68%) e somou 1,403 milhões de acessos. Já o grupo de pequenas prestadoras (Outras) somou 687,7 mil linhas, um aumento de 1,91%. Vale lembrar que essa base começou a ser contabilizada em dezembro de 2018 e, 12 meses depois, já contava com mais de 600 mil acessos. 

Outras tecnologias

A tecnologia 3G desligou 1,270 milhão de chips no mês, uma redução de 3,10%, agora totalizando 39,661 milhões de linhas, ou cerca de 16% do mercado. A TIM voltou a ter destaque, desta vez com maior número de desconexões (593,2 mil) e maior queda proporcional (7,41%), totalizando 7,415 milhões de acessos.  De um modo geral, todas as operadoras reduziram base, menos a Algar, que adicionou 28,1 mil linhas WCDMA no período. Apesar da queda de 1,87%, a Claro ainda lidera nessa tecnologia, com 16,256 milhões de linhas. 

Já no M2M, houve aumento de 2,09%, totalizando 25,802 milhões de linhas.

1 COMENTÁRIO

  1. Ninguém publica, mas há cidades onde o usuário compra o SIM CARD 4G contudo não há 4G no local. Cito como exemplo o município de Itamaraju/BA onde a VIVO lidera o número de clientes com SIM CARDs 4G, no entanto não há 4G da VIVO.

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